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Terça - 15 de Janeiro de 2013 às 10:30
Por: Emanuel Colombari

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Diante da arrecadação do Corinthans, presidente espera captação de recursos de rivais Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Diante da arrecadação do Corinthans, presidente espera captação de recursos de rivais (Foto: Ricardo Matsukawa / Terra)

Em meio às cifras cada vez maiores que o Corinthians tem arrecadado, o presidente Mário Gobbi admite preocupação com o abismo que tem se criado com outros clubes. Na noite desta segunda-feira, durante evento em São Paulo para apresentação de um projeto de arrecada cão entre clubes e empresas, o dirigente corintiano se mostrou diante de um dilema: como manter os rivais em um nível financeiro competitivo sem deixar de premiar a gestão do clube?

“Você pode dever, desde que arrecade o dobro. É mais ou menos isso”, explicou Gobbi aos jornalistas. “Montar um grande time ou pagar as dívidas? Estamos fazendo as duas coisas. No ano que passou, o Corinthians deu um salto. A pergunta é: vamos nos manter neste patamar ou vamos voltar?”, completou.

Perguntado se temia por um distanciamento financeiro entre os clubes maiores dos menores, como acontece em países como a Espanha, Gobbi não titubeou. “Temo. Acho que o futebol precisa de parceiros”, respondeu, justamente em um evento para divulgar a parceira entre nove empresas de grande porte (Ambev, Unilever, Seara, PepsiCo, Unilever, Danone, Bradesco, Netshoes, Burger King e Sky) com 15 clubes do Brasil (América-MG, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Portuguesa, Ponte Preta, Santos, São Paulo, Vasco da Gama e Vitória) para aumentar a captação de recursos.

Em meio a clubes com perfis tão distintos enquanto marcas, Gobbi lembrou o grande valor da marca Corinthians como segunda maior torcida do País. “Eu sou uma nação. O Corinthians é uma nação. Se a minha cota (de televisão) for a mesma (dos outros clubes), aí é hora de repensar tudo”, disse, esperando maior captação por parte das equipes para manter a competitividade no futebol brasileiro sem polarizá-lo, como fazem Barcelona e Real Madrid.

“O futebol ficou muito caro. Ele se tornou um esporte de valores elevadíssimos. Sem dinheiro, não se faz futebol”, alertou, alardeando a potencial do projeto lançado em São Paulo, “Movimento por um Futebol Melhor”, que quer contabilizar 3,5 milhões de sócios-torcedores nos próximos anos para injetar R$ 1 bilhão por ano nos times participantes.

“O principal disso é o investimento nas causas do problema – na base, nas condições de treino”, avisou o presidente do Corinthians. “Basicamente, seria investir tudo que for de formação do homem.”





Fonte: Terra

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