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Internacional
Segunda - 13 de Março de 2006 às 06:52

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Cem aborígenes ameaçaram nesta segunda-feira em Melbourne apresentar uma acusação contra a rainha Elizabeth II da Inglaterra por genocídio, por causa da falta de um texto que reconheça a "injustiça" de seu destino depois que a Grã-Bretanha "invadiu" a Austrália em 1788.

Os manifestantes estabeleceram um acampamento a 100 metros do local onde a soberana deve inaugurar oficialmente, na quarta-feira, os Jogos da Commonwealth - Comunidade Britânica - (15 a 26 de março).

"A tentativa de genocídio, passado e atual, contra a população aborígene da Austrália não anulou nossos direitos soberanos em nosso país", declarou à AFP seu representante, Robbie Thorpe.

Os aborígenes acenderam uma fogueira simbólica no local, chamado de "acampamento da soberania", ao qual desejam convidar a rainha para solucionar a questão com uma negociação.

No entanto, não informaram a maneira como levarão o caso à justiça se o pedido for rejeitado.

"Não queremos que a rainha seja levada aos tribunais internacionais como Saddam Hussein", disse Thorpe. Os aborígenes da Austrália, que representam aproximadamente 2% da população, são totalmente marginalizados. Suas taxas de alcoolismo, desemprego, suicídio e violência doméstica são muito superiores às dos outros habitantes. Sua expectativa de vida é 20 anos inferior.

A rainha Elizabeth II é líder da Commonwealth, uma associação de 53 países de língua inglesa (total ou parcialmente) independentes que reúne a Grã-Bretanha e a maior parte de suas antigas colônias, em um total de 1,8 bilhão de pessoas.





Fonte: AFP

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