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Segunda - 13 de Março de 2006 às 06:49

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Após 12 horas de julgamento, o empresário do ramo de tapeçaria Benedito Antônio de Souza, o “Bené”, de 37 anos, foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato do travesti Edson de Amorim, o “Gretchen”, em 1998. Bené foi julgado por homicídio qualificado. No julgamento realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande, Souza negou a autoria do crime, mas não conseguiu convencer os jurados.

Ele foi sentenciado por sete votos a zero por homicídio qualificado. Durante todo o julgamento, o promotor criminal Mauro Benedito Curvo mostrou aos jurados provas suficientes da participação do empresário. O julgamento foi presidido pela Juíza Maria Erothides Kneipp de Macedo.

O assassinato de Gretchen ocorreu no dia 13 de junho de 1998. Ele foi executado com um tiro na cabeça e o cadáver acabou deixado num lixão onde hoje é o Jardim Botafogo, em Várzea Grande. A princípio, a polícia acreditava num acerto de contas envolvendo travestis.

Para o Ministério Público Estadual, o crime envolve o domínio de ponto de travestis em duas cobiçadas regiões da Grande Cuiabá: avenida 15 de Novembro e região da Ulisses Pompeo, em Várzea Grande, conhecida como Posto Zero.

Gretchen teria se desentendido com Souza justamente por causa desses cobiçados pontos, já que dezenas de travestis eram obrigados a pagar comissão. Na noite do crime, o travesti saiu para fazer ponto na região do Posto Zero e foi visto por colegas entrando num carro e conversando com o empresário.

Souza havia sido preso no final de 1998 e um mês depois fugiu da Delegacia do Bairro Santa Helena, desativada alguns anos depois. Ele estava preso havia alguns meses, transferido após ter a prisão preventiva decretada pela Comarca de Várzea Grande.

As investigações apontaram para o esquema de exploração de travestis.





Fonte: Diário de Cuiabá

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