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Polícia Brasil
Segunda - 13 de Março de 2006 às 06:48
Por: Adilson Rosa

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A cada ano, cerca 1.350 motoristas vêem seus carros serem levados por bandidos na Grande Cuiabá. Somente entre 2004 e 2005, houve 2.762 casos de roubos e furtos. Existe diferença entre os dois termos. No roubo, o ladrão utiliza arma ou violência. O furto ocorre quando ele arromba, ou se aproveita do descuido do dono, para levar o veículo.

No ano passado, os ladrões se apoderaram de 1.394 carros - 782 roubados e 612 furtados. Em 2004 ocorreu o inverso: os ladrões furtaram 701 e roubaram outros 672.

As picapes importadas representam a grande dor de cabeça para policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva). Em média são roubadas cerca de 120 por ano e nem todas acabam recuperadas. As quadrilhas organizadas as levam para a Bolívia ou as desmancham.

Nesses dois anos, apesar do alto índice de recuperação - em torno de 80% -, mais de 600 veículos continuam nas mãos dos ladrões ou viraram pedaços. Alguns atravessaram a fronteira e foram entregues para traficantes na Bolívia, outros foram desmanchados e vendidos em partes, mas um grande número tem o chassis remarcado e volta a rodar.

O que chama a atenção é que aumentou o número de roubos de um ano para outro. Este crime representa agora 55% dos casos. Em relação aos furtos, a polícia credita aos próprios proprietários parte da culpa, pois em alguns casos os donos estacionam em locais impróprios ou os deixam abertos.

Para a delegada Vera Rotilde, o número de roubos aumentou porque os veículos estão com equipamentos de segurança mais eficientes. “Muitos veículos, inclusive nacionais, possuem ignição codificada e não aceitam ligação direta. Com isso, os bandidos partem para o roubo”, esclareceu. Desta forma, ameaçam os donos e tomam-lhes as chaves.

A delegada lembrou que o número de roubos aumenta na proporção em que os itens de segurança são aperfeiçoados. Ela exemplificou o fato de que quase todas as picapes importadas serem produtos de roubo – os bandidos não conseguem arrombá-las e sair andando.

Para ganhar mais segurança, os donos de picapes importadas estão colocando o sistema de rastreamento via satélite, que tem auxiliado a polícia a esclarecer os crimes, além de ajudar na recuperação dos veículos. Mas para a delegada Vera Rotilde, nem esse sistema – que localiza e bloqueia o veículo onde ele estiver – inibe os bandidos.

“O que o sistema de rastreamento (via satélite) tem provocado é ajudar nas investigações. E colabora na recuperação, pois com ele é possível chegar aos receptadores”, destacou. No ano passado, algumas picapes foram localizadas escondidas em casas insuspeitas de bairros de classe média – são sobrados com muros altos e somente com o rastreamento foi possível chegar até os bandidos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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