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Cidades/Geral
Sábado - 11 de Março de 2006 às 09:38
Por: Rose Domingues

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A queda nos repasses do governo federal para a Segurança Pública de Mato Grosso chega a 40% ao ano. Em 2005, somando convênios e execuções diretas, o montante não ultrapassou R$ 4 milhões, que significa menos de 1% no orçamento geral da pasta, a segunda mais alta do Estado, que só perde para a Educação.

Ontem, durante a cerimônia de entrega de 4 viaturas ao Corpo de Bombeiros do Estado pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson Oliveira, criticou o contingenciamento de recursos para a manutenção do superávit primário na balança comercial brasileira.

Ele disse que apesar de ter em torno de R$ 500 milhões no Fundo Nacional de Segurança Pública, a União não tem investido mais que R$ 27 milhões em todos os Estados. "Nós temos um orçamento de R$ 600 milhões, a Federação não ajuda com praticamente nada".

Apesar do déficit de pelo menos 3 mil vagas na cadeias públicas e penitenciárias mato-grossenses, Oliveira afirma que não há nenhum projeto novo este ano para sanar o problema. "O governo federal não fala em investimento, não temos condições de fazer tudo sozinhos".

O secretário Luiz Corrêa garantiu que a União pretende injetar R$ 350 milhões na segurança pública brasileira este ano. Outros R$ 385 milhões serão destinados para montar a estrutura necessária para a realização dos jogos Pan-americanos, que acontecem no ano que vem, no Rio de Janeiro (RJ). Cerca de R$ 275 milhões deste recurso podem estar assegurados no orçamento nacional de 2006.

Corrêa não sabe quanto virá para Mato Grosso este ano, justificou que o planejamento detalhado ainda não está pronto. Mas garantiu que as parcerias entre os Estados é fundamental para melhor aplicabilidade e divisão do dinheiro.

Por falta de policiais na fronteira seca de pelo menos 700 quilômetros com a Bolívia, na região de Cáceres, o secretário nacional não descartou a atuação das forças armadas (Exército), como já acontece no Rio.





Fonte: A Gazeta

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