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Países doadores pedem fim "imediato" de hostilidades em Darfur
Representantes dos países doadores, reunidos em Paris, pediram hoje medidas "decisivas" para pôr fim ao conflito em Darfur, no oeste do Sudão, mas concordaram em não condicionar a ajuda financeira a um acordo de paz.
Esta postura foi exposta nas conclusões preliminares da primeira reunião do "Consórcio Sudão", que reúne o Governo de União Nacional sudanês, o recém-criado Governo do Sul do Sudão, os países doadores e instituições internacionais.
O objetivo da conferência era rever as medidas tomadas para aplicar o acordo de paz de janeiro de 2005, que pôs fim a 21 anos de guerra entre o norte e o sul do Sudão, e planejar futuras ações para consolidar a paz e enfrentar os problemas do país.
Os participantes ressaltaram que a situação em Darfur continua sendo "crítica" e "criou uma sensação de crise, não só na perspectiva humanitária", mas "lançando uma sombra sobre todo o país e sobre as relações regionais e internacionais".
"Muitos doadores assinalaram as implicações negativas do conflito de Darfur na cooperação entre as partes sudanesas e a comunidade internacional, inclusive com relação ao cumprimento das necessidades de financiamento" em outras partes do Sudão, diz o texto.
No entanto, foi acertado que a ajuda ao desenvolvimento, "especialmente para as áreas abandonadas", "não deveria estar condicionada a um acordo de paz em Darfur", já que um fracasso do acordo de paz norte-sul de 2005 e da "entrega dos dividendos da paz" no sul seria muito prejudicial para "todo o país".
O conflito de Darfur, que causou a morte de quase 300 mil pessoas e gerou 2,4 milhões de exilados ou refugiados, deu o tom de preocupação à reunião do "Consórcio Sudão", organizada pela ONU e pelo Banco Mundial (BM).
Em Oslo, em abril de 2005, a comunidade internacional prometeu cerca de US$ 4,5 bilhões para o Sudão em três anos (2005-2007).
Deste total, aproximadamente 38% foram confirmados.
A ajuda global passou de US$ 383 milhões em 2003 a mais de US$ 1,7 bilhão em 2005, sendo US$ 1,1 bilhão para a assistência humanitária, da qual boa parte foi para Darfur.
Para 2006, os compromissos rondam US$ 1,8 bilhão, segundo números expostos pela ONU e pelo BM à imprensa, embora sem precisar quanto iria para o norte e quanto para o sul, onde 90% da população vivem na faixa da pobreza.
O representante da ONU para o Sudão, Jan Pronk, e o vice-presidente do BM para a África, Gobind Nankani, pediram que os esforços sejam acelerados e ampliados para que o acordo de paz de 2005 se traduza em "resultados tangíveis" para a população.
Um tema "importante" na reunião foi a necessidade de "transparência" no uso dos recursos internos e de aumentar o valor destinado aos pobres.
Sobre a transparência, o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Robert Zoellick, tinha evocado ontem divergências nos fundos procedentes do petróleo transferidos ao sul por Cartum.
O primeiro vice-presidente sudanês e presidente do Governo do Sul do Sudão, Salva Kiir, afirmou que "não há" divergências, o que foi respaldado por uma auditoria internacional, segundo o BM.
Kiir declarou que "não haverá marcha à ré no caminho da paz" e que não tem "motivos para estar descontente" com a reunião do "Consórcio Sudão", cuja próxima sessão acontecerá em outubro, no Sudão.
Esta postura foi exposta nas conclusões preliminares da primeira reunião do "Consórcio Sudão", que reúne o Governo de União Nacional sudanês, o recém-criado Governo do Sul do Sudão, os países doadores e instituições internacionais.
O objetivo da conferência era rever as medidas tomadas para aplicar o acordo de paz de janeiro de 2005, que pôs fim a 21 anos de guerra entre o norte e o sul do Sudão, e planejar futuras ações para consolidar a paz e enfrentar os problemas do país.
Os participantes ressaltaram que a situação em Darfur continua sendo "crítica" e "criou uma sensação de crise, não só na perspectiva humanitária", mas "lançando uma sombra sobre todo o país e sobre as relações regionais e internacionais".
"Muitos doadores assinalaram as implicações negativas do conflito de Darfur na cooperação entre as partes sudanesas e a comunidade internacional, inclusive com relação ao cumprimento das necessidades de financiamento" em outras partes do Sudão, diz o texto.
No entanto, foi acertado que a ajuda ao desenvolvimento, "especialmente para as áreas abandonadas", "não deveria estar condicionada a um acordo de paz em Darfur", já que um fracasso do acordo de paz norte-sul de 2005 e da "entrega dos dividendos da paz" no sul seria muito prejudicial para "todo o país".
O conflito de Darfur, que causou a morte de quase 300 mil pessoas e gerou 2,4 milhões de exilados ou refugiados, deu o tom de preocupação à reunião do "Consórcio Sudão", organizada pela ONU e pelo Banco Mundial (BM).
Em Oslo, em abril de 2005, a comunidade internacional prometeu cerca de US$ 4,5 bilhões para o Sudão em três anos (2005-2007).
Deste total, aproximadamente 38% foram confirmados.
A ajuda global passou de US$ 383 milhões em 2003 a mais de US$ 1,7 bilhão em 2005, sendo US$ 1,1 bilhão para a assistência humanitária, da qual boa parte foi para Darfur.
Para 2006, os compromissos rondam US$ 1,8 bilhão, segundo números expostos pela ONU e pelo BM à imprensa, embora sem precisar quanto iria para o norte e quanto para o sul, onde 90% da população vivem na faixa da pobreza.
O representante da ONU para o Sudão, Jan Pronk, e o vice-presidente do BM para a África, Gobind Nankani, pediram que os esforços sejam acelerados e ampliados para que o acordo de paz de 2005 se traduza em "resultados tangíveis" para a população.
Um tema "importante" na reunião foi a necessidade de "transparência" no uso dos recursos internos e de aumentar o valor destinado aos pobres.
Sobre a transparência, o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Robert Zoellick, tinha evocado ontem divergências nos fundos procedentes do petróleo transferidos ao sul por Cartum.
O primeiro vice-presidente sudanês e presidente do Governo do Sul do Sudão, Salva Kiir, afirmou que "não há" divergências, o que foi respaldado por uma auditoria internacional, segundo o BM.
Kiir declarou que "não haverá marcha à ré no caminho da paz" e que não tem "motivos para estar descontente" com a reunião do "Consórcio Sudão", cuja próxima sessão acontecerá em outubro, no Sudão.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313637/visualizar/
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