Estilhaços atingem mulher e bebê em morro do Rio

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou hoje que uma mulher e um bebê foram atingidos por estilhaços de bala perdida na descida do morro da Providência, no centro da cidade. Eles foram encaminhados para o hospital. A troca de tiros entre o Exército e os traficantes que começou na noite de ontem e levou pânico aos moradores do morro da Providência continuou na manhã de hoje. A favela foi toda ocupada pelos soldados.

Um homem, morador da Providência, também foi atingido por estilhaços. Ele foi medicado no Hospital Souza Aguiar e liberado.

Para tentar minar a estratégia dos bandidos, militares ocuparam ontem o Morro do Pinto, que faz parte do complexo da favela da Providência. Seis morros cariocas estão ocupados pelo Exército que procura armamentos roubados na semana passada na Central de Transportes do Exército.

Um helicóptero do Exército sobrevoou hoje todo o Complexo da Providência e um comboio com mais soldados foi enviado para o local.

Traficantes do morro da Mangueira, na zona norte, dispararam mais uma vez, na madrugada de hoje, contra soldados do Exército que ocupam a favela. Os tiros vieram da parte alta e não envolveram os militares.

Área não ocupada pelo Exército Traficantes e policiais militares se enfrentaram na madrugada de hoje no morro Santo Amaro, no Catete, próximo ao centro do Rio. O morro não é ocupada pelo Exército, mas segundo o comandante-geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, o Disque-Denúncia teria recebido informações de que as armas roubadas dos militares, na última sexta-feira, estariam no morro do Catete. A denúncia não foi confirmada, mas 50 policiais militares ocupam a área.

Durante a operação, foram apreendidos uma carabina, espingarda de ar comprimido, quatro rádios transmissores, um espada de samurai e drogas. Ao todo, 17 pessoas foram detidas e encaminhadas à 9ª DP (Catete). Quatro delas, na manhã desta sexta-feira.

Suspensão O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro entrou com ação cautelar pedindo para que a Justiça Federal determine à União a suspensão da operação realizada pelas Forças Armadas em comunidades do Rio de Janeiro. A operação visa a recuperar dez fuzis e uma pistola que foram roubadas do Estabelecimento Central de Transportes do Exército (ECT), e está em curso desde 4 de março.