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Internacional
Quinta - 09 de Março de 2006 às 21:00

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A Aliança Unida Iraquiana (AUI), grupo xiita que foi o grande vencedor das eleições de dezembro, pediu hoje ao presidente do Iraque, Jalal Talabani, que convoque o novo Parlamento no dia 19 de março.

"Sugerimos, junto com outros grupos políticos, que o anúncio aconteça antes do sábado e que os novos deputados sejam convocados antes da primeira sessão no dia 19 de março", disse à EFE Husein Al Sharistani, vice-presidente do Parlamento anterior e um dos líderes da AUI.

Ele acrescentou que "o anúncio deve acontecer até o sábado para que seja cumprido o prazo estabelecido na Constituição".

"Chegamos ao acordo após uma série de reuniões realizadas hoje entre os membros da Aliança", decalrou Al Sharistani.

Segundo a Constituição iraquiana, a câmara deve iniciar seus sessões no dia 12, mas a AUI pede o atraso para tentar chegar a um acordo com os outros grupos sobre o futuro Governo.

No início da semana, Talabani anunciou que convocaria no dia 12 o Parlamento, o primeiro não provisório desde a queda do ditador Saddam Hussein em abril de 2003. Entretanto, o decreto presidencial de convocação não foi promulgado.

As negociações entre todos os grupos foram realizadas a partir de então com duas posições: a AUI pede o atraso da convocação até que haja um acordo sobre o Governo e os principais grupos curdos, sunitas e xiitas laicos pedem o respeito dos prazos estabelecidos na Constituição.

Uma vez comprovada a falta de acordo, o presidente Talabani decidiu adiar o possível anúncio da convocação da primeira sessão do novo Parlamento iraquiano, disse à EFE Mohammed Yauad, líder da AUI.

O presidente iraquiano anunciou no início da semana que o Parlamento começaria a trabalhar no próximo domingo, mas a AUI, que no pleito de dezembro obteve 128 das 275 cadeiras, deseja que a convocação do Parlamento seja atrasada até que haja um acordo sobre o novo Governo.

O primeiro-ministro iraquiano designado, Ibrahim al-Jaafari, membro da AUI, foi rejeitado pela maior parte dos partidos, o que dificulta sua ratificação parlamentar, já que é necessária a aprovação de dois terços dos deputados.





Fonte: EFE

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