Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 09 de Março de 2006 às 12:00

    Imprimir


A produção industrial brasileira teve retração em janeiro na comparação mensal, após uma sequência de três resultados positivos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Segundo economistas, a queda pode ser vista como um ajuste após o crescimento apurado em dezembro e não compromete as perspectivas de recuperação ao longo do ano.

A produção caiu 1,3 por cento em janeiro sobre dezembro e cresceu 3,2 por cento frente a janeiro de 2005.

"Parece ser mais uma correção técnica depois do dado forte de dezembro do que uma reversão", afirmou Alexandre Lintz, estrategista-chefe do BNP Paribas.

O dado de dezembro foi revisto de alta preliminar de 2,3 por cento para 2,4 por cento em relação a novembro.

"A queda de janeiro indica que o primeiro trimestre não vai ser muito forte, mas continuo acreditando que a indústria deve se recuperar ao longo do ano, em meio à queda da taxa de juros e à recuperação da renda", disse Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

O IBGE acrescentou que, em relação a dezembro, a produção de bens de consumo duráveis caiu 5,7 por cento, a de bens de capital declinou 3,6 por cento e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve queda de 1,8 por cento. A atividade em bens intermediários foi a única com crescimento, de 0,4 por cento.

Entre as atividades pesquisadas, 12 dos 23 setores tiveram retração, com destaque para Veículos automotores (-7,6 por cento), Farmacêutica (-10,2 por cento) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1 por cento).

Ainda assim, a queda mensal não alterou a tendência de crescimento da média móvel trimestral, que subiu 0,6 por cento entre janeiro e dezembro.

Na comparação com janeiro do ano passado, todas as categorias de uso tiveram aumento da produção: bens de consumo duráveis com 18,4 por cento, bens de capital com 6,8 por cento, bens intermediários com 2,9 por cento e bens de consumo semiduráveis e não duráveis com 0,2 por cento.

Nos últimos doze meses, o crescimento desacelerou —passando para 2,9 por cento até janeiro ante 3,1 por cento até dezembro.





Fonte: Reuters

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313951/visualizar/