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Cavaco Silva lança desafios e promete cooperação com o Governo
O novo presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, lançou hoje cinco desafios nacionais que pedem "amplos consensos", e prometeu hoje uma "cooperação leal e frutífera" com o Governo socialista.
Em seu discurso inaugural diante do Parlamento, pouco depois de tomar posse do cargo, Cavaco Silva, de 66 anos, lembrou o compromisso de Portugal com a União Européia (UE), um ano antes de assumir a Presidência semestral rotativa, e o compromisso com a Aliança Atlântica.
"Não é possível pensar a política externa independente da realidade interna nacional. A defesa dos interesses de Portugal no cenário internacional será mais fácil quanto mais confiantes nos sentirmos de nossas capacidades", disse.
Mas a maior parte de seu discurso, de 28 páginas, foi dedicado a proclamar seu empenho em conseguir "uma cooperação estratégica" com o Governo e outros órgãos de soberania, e em promover amplos consensos para superar as dificuldades.
O novo presidente português prometeu "tratar por igual os representantes de todas as forças políticas" e ser "presidente de toda Portugal", e convocou todos os cidadãos a uma tarefa coletiva para superar as dificuldades, porque o país "precisa de todos", e "todos somos responsáveis por nosso destino coletivo".
Cavaco Silva, que se tornou o quarto presidente da etapa democrática portuguesa iniciada em 1974, lembrou que "vivemos um tempo de sérias dificuldades", o que traz "enormes responsabilidades para todos os políticos", porque os cidadãos esperam "que deixem de lado as diferenças, para se dedicar a resolver seus problemas".
Por isso, convidou os cidadãos a buscarem consensos em cinco campos, que considerou indispensáveis: economia, educação, justiça, previdência social e maior credibilidade da política.
No âmbito econômico, Cavaco Silva evidenciou que "os portugueses esperam uma resposta urgente" e, apesar de admitir a condição periférica de Portugal na UE, julgou que "somos o espaço onde a Europa se abre para o Atlântico, e isso pode nos beneficiar".
Também opinou que "o futuro de Portugal depende da melhor educação de nossos jovens e de uma melhor qualificação de nossos trabalhadores".
No terreno político, Cavaco Silva propôs uma "guerra permanente" de todos contra a corrupção, que qualificou de "maior inimigo da democracia", e pediu firmeza para investigar e punir esta conduta.
"Os agentes políticos têm que ser exemplo de cultura, honestidade, transparência, responsabilidade, rigor no uso dos recursos do Estado, ética no serviço público, respeito pela dignidade das pessoas e cumprimento das promessas feitas", disse.
O novo presidente também elogiou seu antecessor, Jorge Sampaio, visivelmente emocionado ao ouvir estas palavras em seu último ato como chefe de Estado português.
No início da cerimônia, às 7h07 de Brasília, Cavaco Silva jurou a Constituição portuguesa e desse modo deu começo a seu mandato de cinco anos, enquanto soava o hino nacional no Parlamento e se disparavam salvas de tiros.
Estavam presentes ao ato o Governo socialista de José Sócrates e todos os deputados, assim como cerca de 900 convidados, entre eles uma delegação do Brasil liderada pelo ministro de Controle e Transparência, Wladir Pires, responsável pela Controladoria Geral da União. Também estavam presentes os ex-presidentes portugueses Mário Soares e António Ramalho Eanes, além dos Príncipes de Astúrias, Felipe e Letizia.
Assistiram à posse também o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, o Grão-Duque Henri de Luxemburgo; o ex-presidente americano George Bush; o francês Valéry Giscard d''Estaing, e o ex-titular da Comissão Européia Jacques Delors.
Entre os representantes de países de fala portuguesa, aos quais o novo chefe de Estado prometeu cooperação, estavam os presidentes do Timor-Leste, Xanana Gusmão; Guiné-Bissau, Nino Vieira; Cabo Verde, Pedro Pires; Moçambique, Armando Guebuza, e São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, assim como o primeiro-ministro angolano, Fernando dos Santos.
Em seu discurso inaugural diante do Parlamento, pouco depois de tomar posse do cargo, Cavaco Silva, de 66 anos, lembrou o compromisso de Portugal com a União Européia (UE), um ano antes de assumir a Presidência semestral rotativa, e o compromisso com a Aliança Atlântica.
"Não é possível pensar a política externa independente da realidade interna nacional. A defesa dos interesses de Portugal no cenário internacional será mais fácil quanto mais confiantes nos sentirmos de nossas capacidades", disse.
Mas a maior parte de seu discurso, de 28 páginas, foi dedicado a proclamar seu empenho em conseguir "uma cooperação estratégica" com o Governo e outros órgãos de soberania, e em promover amplos consensos para superar as dificuldades.
O novo presidente português prometeu "tratar por igual os representantes de todas as forças políticas" e ser "presidente de toda Portugal", e convocou todos os cidadãos a uma tarefa coletiva para superar as dificuldades, porque o país "precisa de todos", e "todos somos responsáveis por nosso destino coletivo".
Cavaco Silva, que se tornou o quarto presidente da etapa democrática portuguesa iniciada em 1974, lembrou que "vivemos um tempo de sérias dificuldades", o que traz "enormes responsabilidades para todos os políticos", porque os cidadãos esperam "que deixem de lado as diferenças, para se dedicar a resolver seus problemas".
Por isso, convidou os cidadãos a buscarem consensos em cinco campos, que considerou indispensáveis: economia, educação, justiça, previdência social e maior credibilidade da política.
No âmbito econômico, Cavaco Silva evidenciou que "os portugueses esperam uma resposta urgente" e, apesar de admitir a condição periférica de Portugal na UE, julgou que "somos o espaço onde a Europa se abre para o Atlântico, e isso pode nos beneficiar".
Também opinou que "o futuro de Portugal depende da melhor educação de nossos jovens e de uma melhor qualificação de nossos trabalhadores".
No terreno político, Cavaco Silva propôs uma "guerra permanente" de todos contra a corrupção, que qualificou de "maior inimigo da democracia", e pediu firmeza para investigar e punir esta conduta.
"Os agentes políticos têm que ser exemplo de cultura, honestidade, transparência, responsabilidade, rigor no uso dos recursos do Estado, ética no serviço público, respeito pela dignidade das pessoas e cumprimento das promessas feitas", disse.
O novo presidente também elogiou seu antecessor, Jorge Sampaio, visivelmente emocionado ao ouvir estas palavras em seu último ato como chefe de Estado português.
No início da cerimônia, às 7h07 de Brasília, Cavaco Silva jurou a Constituição portuguesa e desse modo deu começo a seu mandato de cinco anos, enquanto soava o hino nacional no Parlamento e se disparavam salvas de tiros.
Estavam presentes ao ato o Governo socialista de José Sócrates e todos os deputados, assim como cerca de 900 convidados, entre eles uma delegação do Brasil liderada pelo ministro de Controle e Transparência, Wladir Pires, responsável pela Controladoria Geral da União. Também estavam presentes os ex-presidentes portugueses Mário Soares e António Ramalho Eanes, além dos Príncipes de Astúrias, Felipe e Letizia.
Assistiram à posse também o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, o Grão-Duque Henri de Luxemburgo; o ex-presidente americano George Bush; o francês Valéry Giscard d''Estaing, e o ex-titular da Comissão Européia Jacques Delors.
Entre os representantes de países de fala portuguesa, aos quais o novo chefe de Estado prometeu cooperação, estavam os presidentes do Timor-Leste, Xanana Gusmão; Guiné-Bissau, Nino Vieira; Cabo Verde, Pedro Pires; Moçambique, Armando Guebuza, e São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, assim como o primeiro-ministro angolano, Fernando dos Santos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313954/visualizar/
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