Grupo separatista da Caxemira assume atentado na Índia

Um grupo separatista da Caxemira assumiu a autoria dos atentados que mataram 15 pessoas em Vanarasi, uma das cidades sagradas do Hinduísmo. A polícia indiana divulgou na quinta-feira retratos falados de dois suspeitos pelas explosões.

O grupo islâmico Lashkar-e-Kahar (Exército da Fúria), que combate o governo indiano na Caxemira, assumiu os atentados e prometeu realizar novos ataques caso Nova Délhi não "acabe com os excessos" na região em conflito.

"Se a Índia não acabar com os excessos na Caxemira, realizaremos mais atentados por todo o país", afirmou por telefone Abdullah Jabbar, que se identificou como o porta-voz do Lashkar-e-Kahar.

Especialistas em segurança disseram ser provável que o grupo seja uma fachada para o grupo militante islâmico Lashkar-e-Taiba (Exército dos Puros), sediado no Paquistão. Mas fontes ligadas ao Lashkar-e-Taiba no Paquistão negaram a conexão.

Na quinta-feira, a polícia divulgou os retratos falados de dois homens que colocaram a mala que continha uma bomba do lado de fora de uma loja de Varanasi. Essa bomba foi detectada e desarmada. Duas outras bombas explodiram — num antigo templo hindu e na principal estação de trens da cidade — matando 15 pessoas e ferindo dezenas de outras. A maioria das vítimas era fiéis ou convidados dos três casamentos que ocorreriam no templo.