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Brasil já tem plano de contigência para gripe aviária, diz médico
O Brasil já se prepara para uma possível pandemia da gripe aviária, afirma José Cerbino Neto, médico infectologista e coordenador do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. De acordo com ele, em uma escala de alerta que varia 1 a 6, determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o país está no estágio 3 de alerta, com uma rede preparada para detectar a presença da doença e infra-estrutura para atender possíveis casos.
- O estágio três é adotado quando há ocorrências esporádicas fora do continente e a doença não é transmitida de ser humano para ser humano. O Brasil já tem um plano de contingência para controlar o problema - explica Cerbino, que participou nesta manhã de quarta-feira de um encontro com a imprensa patrocinado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
O H5N1, causador da gripe aviária, era até pouco tempo, um vírus que afetava exclusivamente aves.
- Mas ele tem passado por mutações. Estudos genéticos mostram quem ele está se adaptando aos mamíferos. Isso é preocupante porque torna mais fácil a transmissão de um mamífero para o outro - explica o professor Edison Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com os pesquisadores, já ficou comprovado que felinos contaminados com o H5N1 transmitiram para outros felinos. Mas a transmissão entre seres humanos ainda não foi comprovada. O H5N1 já fez cerca de 170 vítimas e a mortalidade dele é alta: mais de 50% das pessoas morreram.
- Diferentemente do vírus da gripe comum, que contagia apenas pelo contato com mucosas, o H5N1 contamina a pessoa depois que atinge células do sistema respiratório baixo, como brônquios. Para isso ocorrer, é preciso ter contato com uma carga muito alta de vírus - explica Durigon.
Depois de contaminadas, todas as pessoas apresentaram febre alta (mais de 38ºC) e problemas respiratórios, como tosse, secreção e coriza.
- Os óbitos ocorreram por insuficiência respiratória, porque o quadro evoluiu para pneumonia ou outras infecções. Alguns casos apresentaram insuficiência renal, encefalites, sintomas gastrointestinais, como vômitos e diarréias. Aqueles que sobreviveram não tiveram qualquer seqüela decorrente da doença - explica Cerbino.
Por enquanto, ainda não existe vacina contra o H5N1 e o remédio utilizado no tratamento de todos os casos é o fosfato de oseltamivir, fabricado com o nome comercial de Tamiflu. Vários países, entre eles o Brasil, já começam a fazer estoque do medicamento para o caso de uma pandemia e os pesquisadores acreditam que o país está pronto para fazer o diagnóstico rápido dos casos.
- O diagnóstico de seres humanos pode ser confirmado em dois ou três dias, o que é um bom prazo. Enquanto isso, o governo já faz o monitoramento e acompanhamento das aves. Caso o vírus chegue, ele será detectado rapidamente - diz Durigon.
O H5N1 nunca foi encontrado no continente americano, mas está se espalhando com rapidez pela Ásia, Europa e África, por meio de aves migratórias. Os felinos que foram contaminados pelo vírus haviam se alimentado com aves contaminadas. Como não há correntes migratórias de aves entre a América e os continentes afetados, alguns pesquisadores acham que a chance da doença chegar ao Brasil é pequena, mas não pode ser desconsiderada.
Em um caso de uma pandemia da doença, Durigon acredita que ela atingiria várias partes do globo em menos de uma semana. A gripe espanhola, causada pelo vírus H1N1, que também era exclusivo das aves e passou por mutações que acabaram contagiando os seres humanos, a disseminação ocorreu em três meses e provocou, segundo estimativas, entre 20 milhões e 40 milhões de mortes.
- O estágio três é adotado quando há ocorrências esporádicas fora do continente e a doença não é transmitida de ser humano para ser humano. O Brasil já tem um plano de contingência para controlar o problema - explica Cerbino, que participou nesta manhã de quarta-feira de um encontro com a imprensa patrocinado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
O H5N1, causador da gripe aviária, era até pouco tempo, um vírus que afetava exclusivamente aves.
- Mas ele tem passado por mutações. Estudos genéticos mostram quem ele está se adaptando aos mamíferos. Isso é preocupante porque torna mais fácil a transmissão de um mamífero para o outro - explica o professor Edison Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com os pesquisadores, já ficou comprovado que felinos contaminados com o H5N1 transmitiram para outros felinos. Mas a transmissão entre seres humanos ainda não foi comprovada. O H5N1 já fez cerca de 170 vítimas e a mortalidade dele é alta: mais de 50% das pessoas morreram.
- Diferentemente do vírus da gripe comum, que contagia apenas pelo contato com mucosas, o H5N1 contamina a pessoa depois que atinge células do sistema respiratório baixo, como brônquios. Para isso ocorrer, é preciso ter contato com uma carga muito alta de vírus - explica Durigon.
Depois de contaminadas, todas as pessoas apresentaram febre alta (mais de 38ºC) e problemas respiratórios, como tosse, secreção e coriza.
- Os óbitos ocorreram por insuficiência respiratória, porque o quadro evoluiu para pneumonia ou outras infecções. Alguns casos apresentaram insuficiência renal, encefalites, sintomas gastrointestinais, como vômitos e diarréias. Aqueles que sobreviveram não tiveram qualquer seqüela decorrente da doença - explica Cerbino.
Por enquanto, ainda não existe vacina contra o H5N1 e o remédio utilizado no tratamento de todos os casos é o fosfato de oseltamivir, fabricado com o nome comercial de Tamiflu. Vários países, entre eles o Brasil, já começam a fazer estoque do medicamento para o caso de uma pandemia e os pesquisadores acreditam que o país está pronto para fazer o diagnóstico rápido dos casos.
- O diagnóstico de seres humanos pode ser confirmado em dois ou três dias, o que é um bom prazo. Enquanto isso, o governo já faz o monitoramento e acompanhamento das aves. Caso o vírus chegue, ele será detectado rapidamente - diz Durigon.
O H5N1 nunca foi encontrado no continente americano, mas está se espalhando com rapidez pela Ásia, Europa e África, por meio de aves migratórias. Os felinos que foram contaminados pelo vírus haviam se alimentado com aves contaminadas. Como não há correntes migratórias de aves entre a América e os continentes afetados, alguns pesquisadores acham que a chance da doença chegar ao Brasil é pequena, mas não pode ser desconsiderada.
Em um caso de uma pandemia da doença, Durigon acredita que ela atingiria várias partes do globo em menos de uma semana. A gripe espanhola, causada pelo vírus H1N1, que também era exclusivo das aves e passou por mutações que acabaram contagiando os seres humanos, a disseminação ocorreu em três meses e provocou, segundo estimativas, entre 20 milhões e 40 milhões de mortes.
Fonte:
Globo Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313986/visualizar/
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