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Internacional
Quinta - 09 de Março de 2006 às 01:15

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La Paz - O presidente boliviano, Evo Morales, acusou os Estados Unidos de agressão e anunciou que não devolverá o armamento doado pelos americanos a uma unidade antiterrorista das Forças Armadas bolivianas, como parte de uma ajuda militar suspensa na sexta-feira passada.

"Estou recebendo muita agressão, muita provocação da embaixada dos Estados Unidos, portanto, do Governo dos Estados Unidos", disse Morales em entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros no Palácio Quemado de La Paz, sede presidencial.

Sob um retrato do líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara, Morales pediu "transparência, sinceridade e responsabilidade" ao embaixador americano, David Greenlee.

A assistência militar americana à Força Contra o Terrorismo Conjunta (FCTC) está avaliada em US$ 380 mil, dos quais US$ 70 mil correspondem a equipamentos e armas já entregues à unidade. A Embaixada dos EUA anunciou que pretende cobrá-los esta semana.

Morales também advertiu que não "vai permitir a intromissão permanente da embaixada dos Estados Unidos usando alguns militares".

Por meio de uma carta, o chefe da Missão Militar dos Estados Unidos na Bolívia, Daniel Barreto, comunicou a Morales na sexta-feira passada a decisão de Washington de retirar a assistência à FCTC e de pegar nessa sexta-feira o equipamento logístico e militar doado.

"Em vez de pedir a devolução do armamento, os EUA deveriam nos devolver os mísseis e não desativá-los", disse.

Morales fazia referência ao transporte e destruição do arsenal terra-ar do Exército boliviano, numa operação secreta feita durante o governo do ex-presidente Eduardo Rodríguez.





Fonte: EFE

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