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Internacional
Quarta - 08 de Março de 2006 às 20:04

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O Tribunal Penal Nacional de Terrorismo do Peru absolveu por falta de provas sete integrantes do grupo armado Sendero Luminoso pelo assassinato, em 1992, do dirigente sindical Pedro Huilca, confirmaram hoje fontes judiciais.

Segundo a decisão judicial, as provas apresentadas no julgamento não permitiram chegar à certeza da responsabilidade dos acusados.

Além disso, o inquérito policial foi deficiente, segundo nota à imprensa do Poder Judiciário.

Os processados Margot Domínguez, Rafael Uscata, José Iglesias, Percy Carhuaz, Hernán Dipaz, Yuri Huamaní e Yeni Rodríguez estavam em prisão desde 1993, acusados do assassinato de Huilca após um processo sumário.

Pedro Huilca foi um dirigente sindical que tinha anunciado um protesto contra o então Presidente, Alberto Fujimori, meses depois do "autogolpe".

Apesar da decisão judicial, três dos acusados permanecerão na prisão por sua responsabilidade em outro assassinato e sua militância no grupo armado.

Dois dos acusados, Domínguez e Uscata, foram condenados a 30 anos de prisão pelo assassinato de um policial, pouco depois da morte de Huilca. Rodríguez, que foi chefe político do Comitê Metropolitano do Sendero, cumpre pena de 20 anos de prisão por terrorismo.

O tribunal condenou Iglesias e Carhuaz por pertencer ao Sendero Luminoso, mas a condenação de 12 anos foi descontada dos 13 que cumpriram até o momento. Dipaz e Huamaní foram absolvidos de todas as acusações e serão libertados.

O tribunal concluiu que as provas apontam o grupo paramilitar Colina como autor do assassinato do sindicalista, tal como afirmaram ex-líderes do Sendero na prisão.

Tanto os ex-militares do Exército que fizeram parte do Colina como o ex-governante Fujimori estão sendo processados no Poder Judiciário pelo assassinato de Huilca.





Fonte: EFE

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