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Internacional
Quarta - 08 de Março de 2006 às 18:40

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Autoridades militares substituíram hoje o comandante das Forças Militares nigerianas encarregadas de proteger as instalações petrolíferas do Delta do Níger, região que vive um crescimento da violência, segundo informam meios de comunicação locais.

Elias Zamani e seu suplente interino, Mike Okedotun, foram substituídos pelo general A.A. Ilogho, designado para ocupar o cargo de comandante das Forças Militares na "Operação para Restaurar a Esperança".

A decisão foi qualificada pelo vice-ministro de Defesa, Rowland Oritsejafor, de "exercício militar de rotina".

No entanto, fontes militares convergiram em que a substituição pode estar ligada aos recentes ataques contra as comunidades "ijaw", a etnia mais importante do país, em mãos de operações militares, que provocaram os últimos ataques milicianos na região petrolífera.

Desde o fim do ano passado, pelo menos 15 soldados morreram e outros muitos ficaram feridos nos enfrentamentos com o grupo miliciano Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (Mend, na sigla em inglês).

O Mend acusou o Exército de ter lançado ataques contra algumas comunidades "ijaw" e como represália o grupo desatou uma onda de violência, que reduziu a produção nacional de petróleo de 2,5 milhões de barris por dia para 445.000 e provocou o seqüestro de nove trabalhadores estrangeiros.

Seis dos trabalhadores foram libertados na quarta-feira passada, enquanto outros três continuam em custódia da milícia, que os usam como "escudos humanos" para se proteger de futuros ataques militares.

A milícia prometeu realizar mais ataques com a intenção de reduzir em mais 1 milhão de barris a exportação nacional de petróleo durante o este mês, se o Governo não cumprir com suas exigências.

Entre as exigências do Mend, está o controle total do Delta do Níger e o pagamento de US$ 15 bilhões pela Shell ao Governo estatal como compensação pela poluição gerada pela indústria na região.

Além disso, pede a libertação de dois líderes da etnia "ijaw" e do máximo dirigente da Força Popular de Voluntários do Delta do Níger (NDPVF), Mujahid Dokubo-Asari+ detido por acusações de traição.

A Nigéria é o maior produtor africano de petróleo e o sexto entre nações que formam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).





Fonte: EFE

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