O governo francês teme um eventual ataque de um grupo radical islâmico em território nacional como retaliação aos recentes ataques do país a milícias no Mali e na Somália.
O nível de alerta das forças de segurança no país foi elevado. As ameaças à França são medidas no país por um sistema de contraterrorismo conhecido como "Vigipirate" (que mede o grau de ameaça por um sistema de cores).
A "luta contra o terrorismo" requer todas as precauções necessárias, afirmou Hollande.
Mais cedo, grupos islâmicos prometeram represálias contra a França devido à campanha no Mali.
Operações
Hollande autorizou na sexta-feira uma intervenção militar no Mali para impedir a continuidade do avanço recente para o sul de rebeldes que já controlam o norte do país.
O presidente acusou o grupo de ligações com a rede extremista Al-Qaeda.
Intensos bombardeios da Força Aérea francesa e ataques terrestres de forças do Mali e da França entre sexta-feira e sábado forçaram a milícia a recuar.
Cerca de 100 rebeldes islâmicos foram mortos, segundo o Exército malinês.
A França confirmou a morte de um de seus pilotos de helicóptero, o tenente Damien Boiteux, em um ataque a um comboio rebelde durante a tomada de Konna. Ele foi baleado e morreu no hospital.
A cidade de Konna, principal ligação entre o norte e o sul do país, foi retomada após permanecer quase dois dias sob domínio rebelde.
Logo após o início do ataque no Mali, forças especiais francesas tentaram resgatar o analista de inteligência da França Denis Allex, que era refém da milícia Al-Shabab em Bulo Marer, Somália, desde julho de 2009.
A incursão foi frustrada pela milícia. O governo de Hollande disse que 17 milicianos, o refém e dois militares morreram.
Um porta-voz da al-Shabab desmentiu a informação dizendo que o refém permanece vivo sob seu poder, assim como um dos militares dado como morto pela França.
Urgência
A Cedeao (Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental) autorizou o envio imediato de 2.000 militares ao Mali.
A força deve chegar ao país em 10 dias e será composta por tropas do Níger, de Burkina Faso, da Nigéria e do Togo.
Em um comunicado, o presidente da comissão da Cedeao, Kadre Desire Ouedraogo, disse que a decisão foi tomada devido à urgência da situação.
O envio de 3.000 tropas, com aval da ONU, estava previsto para começar apenas em setembro.
Comentários