NET planeja incrementar vendas em 10% com parcerias no varejo

Determinada a atrair mais clientes em ritmo acelerado, a Net, maior operadora de TV por assinatura do país, iniciou esta semana venda de serviços em lojas de varejo. A empresa negocia com 12 redes e já fechou com algumas nas principais capitais onde atua, como a Fnac em São Paulo, a Casa&Vídeo no Rio de Janeiro e a Zaffari no Rio Grande do Sul.

A nova estratégia, que consumiu 4 milhões de reais em investimentos incluindo mídia cooperada, tem como meta incrementar em 10 por cento as adições brutas de clientes. Segundo o diretor comercial da Net, Sérgio Wainer, se a meta for alcançada, os custos adicionais desse canal ficarão muito próximos aos de televendas.

"O varejo vai dar oportunidade de degustação, coisa que não tenho outro canal que possibilite", comentou à Reuters o executivo, que desenvolve o projeto desde meados de 2005. Ele disse que a proposta é inovadora no Brasil, mas que a operadora chilena VTR já conseguiu incrementar as vendas entre 5 e 6 por cento no período de 10 meses.

A Net está instalando uma área de exposição nas lojas, onde serão vendidas caixas com um kit explicativo e um brinde para o novo cliente. No mesmo local, via Internet, o assinante poderá agendar a instalação do serviço e fazer o pagamento imediato equivalente a dois meses de uso.

Pelo pacote mais completo da Net, por exemplo, o cliente pagará 100 reais na loja e ficará isento de duas mensalidades. Pelo televendas, pagará 50 reais por mês. Segundo Wainer, quaisquer promoções serão repassadas a todos os canais de venda.

A Net já realizou vendas no primeiro dia da oferta em lojas, mas ainda não quer divulgar números. Embora só considere o chamado "sell out" —quando a venda é feita pela loja para o consumidor—, o diretor comercial explicou que já repassou para os pontos de venda ("sell in") caixas de assinaturas que representam incremento de 4,5 por cento das adições brutas.

No ano passado, a Net fez vendas brutas de 406 mil assinaturas de TV paga, com adições líquidas (descontadas as desconexões) de 121 mil, o que levou a base de assinantes a 1,54 milhão. Para este ano, o objetivo é repetir o crescimento de 8,5 por cento das adições líquidas, apostando num mercado potencial de 1,7 milhão domicílios de classes A e B por onde passa a rede da Net.