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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 07 de Março de 2006 às 21:50

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A luta da mulher pela igualdade no mundo árabe e muçulmano deu alguns frutos positivos, inclusive nas conservadoras monarquias do Golfo Pérsico, embora reste um longo caminho para elas conseguirem seus direitos.

Nos últimos anos houve mais nomeações de mulheres para importantes postos políticos, administrativos e no setor privado em alguns países da região.

EGITO No Egito, onde a Constituição não faz diferença entre homem e mulher, foi criado há seis anos o Conselho Nacional da Mulher, presidido pela primeira-dama, Suzanne Mubarak.

Assim como acontece no Sudão, a luta das egípcias para ocupar o cargo de juiz já não encontra tanta resistência como em outros países árabes, onde as correntes conservadoras negam o acesso das mulheres à Justiça sob o pretexto de que "são muito sentimentais e certas condições podem afetar as suas decisões".

JORDÂNIA Na Jordânia, onde as leis também não discriminam a mulher no trabalho, aumentou nos últimos dois anos o número de mulheres que ocupam postos de responsabilidade, e elas são mais de 10 dos 110 deputados da Câmara Baixa do Parlamento.

As autoridades jordanianas afirmam que esperam acabar com todo tipo de discriminação contra a mulher no mercado de trabalho dentro de dez anos.

IRÃ No Irã, como na Arábia Saudita, onde as mulheres não podem sair de casa sem cobrir a cabeça, elas podem trabalhar em todos os postos, exceto na Justiça, como juiz; no Exército, como soldado; ou pilotando aviões.

Além disso, o testemunho de duas mulheres perante os tribunais equivale ao de um homem.

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS A luta pela igualdade das mulheres foi marcada neste país pela nomeação recente de uma ministra para os Assuntos Sociais.

OMÃ, CATAR, KUWAIT e BAREIN Em todos estes países do Golfo Pérsico já há várias mulheres em postos ministeriais, embora a maioria delas seja responsável apenas por assuntos vinculados justamente aos direitos femininos.

As mulheres conseguiram o direito a voto em Omã, Catar, Barein e Kuwait - este último só em 2005 -, embora o seu progresso nem sempre seja aceito pela sociedade.

ARÁBIA SAUDITA Neste país, onde as mulheres virtualmente não têm nenhum direito político, só nos últimos anos permitiu-se que elas desempenhem um maior papel no setor privado, mas as autoridades introduzem as reformas a conta-gotas, sob a forte influência dos clérigos conservadores.

Neste rico reino petroleiro, as mulheres ainda não têm direito a dirigir carros e não podem viajar para fora do país sem a permissão de seu marido ou de um homem da sua família.

LÍBANO No Líbano, onde o código de trabalho não estipula discriminações contra as mulheres, a previdência social aprovou alguns direitos para a mulher, mas ficaram muitas lacunas.

Segundo Ikbal Doughan, presidente da Liga de Mulheres Trabalhadoras (LMT), seu objetivo é conseguir a igualdade no acesso ao trabalho e nos salários.

A LMT criou uma "Hot Line" para receber as queixas das trabalhadoras, sobretudo no que se refere a dispensas e à previdência social, embora em muitos casos a vergonha, o medo e a necessidade de conservar o trabalho as impeça de denunciar o assédio, algumas vezes sexual.

No Líbano não existem estatísticas sobre o número de trabalhadoras nem acidentes de trabalho. A função dos ministérios nesta área não está bem definida.





Fonte: EFE

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