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Nacional
Terça - 07 de Março de 2006 às 19:00
Por: Maria Clara Cabral

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A reunião para votação do relatório que pede a cassação do deputado João Paulo cunha (PT-SP) foi suspensa devido a um pedido de vista da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP). A deputada afirma que precisa analisar com mais calma o relatório para poder votá-lo. A próxima sessão foi marcada pelo presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), para quinta-feira, às 9h30.

João Paulo é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter sido beneficiário de um saque de R$ 50 mil da conta de uma das empresas de Valério. Segundo o petista, o dinheiro foi repassado a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, para pagamento das pesquisas de opinião em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

O relatório foi apresentado pelo relator deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que demorou cerca de duas horas para lê-lo. Segundo Schirmer, o fato de a agência de publicidade de Marcos Valério ter sido paga pelos cofres públicos para fazer a campanha de João Paulo à presidência da Câmara quando ele era um candidato sem concorrentes foi um agravante para justificar a quebra de decoro.

Ao questionar o relatório, Ângela Guadagnin argumentou que os R$ 50 mil recebidos por João Paulo das contas do empresário Marcos Valério foram repassados pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. "Não é crime solicitar recursos para seu partido", declarou.

A deputada havia decidido que não pediria vistas por uma solicitação do próprio João Paulo, no início de sua defesa. O deputado alegou que isso atrasaria os processos do Conselho de Ética. Entretanto, segundo Ângela, ela mudou de idéia no momento em que deputado João Paulo disse que o pedido que havia feito não era uma ordem. A deputada afirmou que viu nisso um sinal de que ele gostaria de mais tempo.

Segundo ela, o motivo provável que levou João Paulo a mudar de idéia foi o conteúdo e a consistência do relatório de Cézar Schirmer. Ela adiantou que apresentará na quinta-feira um voto em separado pedindo pela absolvição de seu colega de partido com documentos que rebatem o voto do relator.

"O pedido de vistas é resultado de um relatório que traz fatos novos, nada mais do que isto". Entretanto, Ângela não quis citar fatos e disse que irá rebatê-los na quinta-feira.





Fonte: Terra

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