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Estudo prevê aumento da obesidade infantil até 2010
São Paulo - Quase a metade das crianças da América do Norte e do Sul e 38% das européias estarão acima do peso em 2010. Os números fazem parte de um estudo de abrangência mundial publicado na International Journal of Pediatric Obesity, uma revista científica especializada na área de obesidade infantil. Além do sobrepeso, a pesquisa prevê que 10% das crianças da Europa e 15,2% das que vivem na América do Norte e do Sul sejam obesas até o fim desta década.
Os novos índices foram considerados alarmantes por especialistas e pelos pesquisadores que participaram do estudo. Entre as conseqüências há o aumento no número de crianças com pressão alta e problemas de colesterol, maior incidência de diabete tipo 2 e propensão precoce para doenças cardíacas. Os países também já se preocupam com o impacto sobre os sistemas de saúde.
"A prevalência de obesidade infantil está crescendo em quase todos os países desenvolvidos e em muitos subdesenvolvidos", disse Tim Lobstein, um dos responsáveis pelo estudo. No Brasil, cerca de 30% das crianças estão acima do peso e entre 10% e 15%, obesas.
Segundo o diretor das sociedades de Pediatria e de Endocrinologia do Distrito Federal, Luiz Cláudio Castro, as duas grandes causas para o crescimento dos índices de obesidade infantil no Brasil e no mundo são alimentação inadequada e sedentarismo. "É uma epidemia que atinge classes sociais altas e baixas. Uns comem fast food e refrigerantes e outros economizam dinheiro optando por macarrão e óleo em vez de frutas e verduras", diz, apontando os riscos que podem levar à epidemia.
Expectativa de Vida - O estudo usou relatórios de 1980 até 2005 e dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foram analisados números referentes a crianças em idade escolar de 25 países. Em 42 países, havia dados sobre menores de 4 anos. "Essa será a primeira geração cuja expectativa de vida será menor que a de seus pais", disse o cirurgião inglês Phillip Thomas, especialista em obesidade.
Os números detalhados do estudo mostram que serão 26 milhões de jovens e crianças obesas ou com sobrepeso na União Européia até o fim da década. O total das que sofrem de obesidade no continente terá dobrado em 2010, com relação aos números atuais. No Oriente Médio, a previsão é de um índice de 11,5%, enquanto entre as crianças asiáticas, entre 1,5% e 5,3%. Não há dados para quantificar a obesidade na África.
Nas Américas do Norte e Sul 28% das crianças atualmente estão acima do peso. Segundo o estudo, Brasil, México, Chile e Egito têm índices semelhantes aos de países desenvolvidos.
"Nossa alimentação tradicional é saudável, com arroz, feijão, carne e salada. Mas estamos importando os maus hábitos de fora", diz Castro. Para ele, só uma conscientização que inclua pais e professores poderá mudar essa tendência de crescimento. "É preciso começar na escola, incentivando as aulas de educação física, por exemplo", sugere.
Recentemente, em São Paulo, as escolas particulares passaram a se preocupar com a alimentação de seus alunos, deixando de vender salgadinhos e refrigerantes nas cantinas. Leis estaduais e municipais também têm proibido a venda de determinados alimentos em escolas públicas. Nos Estados Unidos, a Coca-Cola e a Pepsi anunciaram no fim de 2005 que não mais venderiam refrigerantes nas escolas de ensino fundamental.
Os novos índices foram considerados alarmantes por especialistas e pelos pesquisadores que participaram do estudo. Entre as conseqüências há o aumento no número de crianças com pressão alta e problemas de colesterol, maior incidência de diabete tipo 2 e propensão precoce para doenças cardíacas. Os países também já se preocupam com o impacto sobre os sistemas de saúde.
"A prevalência de obesidade infantil está crescendo em quase todos os países desenvolvidos e em muitos subdesenvolvidos", disse Tim Lobstein, um dos responsáveis pelo estudo. No Brasil, cerca de 30% das crianças estão acima do peso e entre 10% e 15%, obesas.
Segundo o diretor das sociedades de Pediatria e de Endocrinologia do Distrito Federal, Luiz Cláudio Castro, as duas grandes causas para o crescimento dos índices de obesidade infantil no Brasil e no mundo são alimentação inadequada e sedentarismo. "É uma epidemia que atinge classes sociais altas e baixas. Uns comem fast food e refrigerantes e outros economizam dinheiro optando por macarrão e óleo em vez de frutas e verduras", diz, apontando os riscos que podem levar à epidemia.
Expectativa de Vida - O estudo usou relatórios de 1980 até 2005 e dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foram analisados números referentes a crianças em idade escolar de 25 países. Em 42 países, havia dados sobre menores de 4 anos. "Essa será a primeira geração cuja expectativa de vida será menor que a de seus pais", disse o cirurgião inglês Phillip Thomas, especialista em obesidade.
Os números detalhados do estudo mostram que serão 26 milhões de jovens e crianças obesas ou com sobrepeso na União Européia até o fim da década. O total das que sofrem de obesidade no continente terá dobrado em 2010, com relação aos números atuais. No Oriente Médio, a previsão é de um índice de 11,5%, enquanto entre as crianças asiáticas, entre 1,5% e 5,3%. Não há dados para quantificar a obesidade na África.
Nas Américas do Norte e Sul 28% das crianças atualmente estão acima do peso. Segundo o estudo, Brasil, México, Chile e Egito têm índices semelhantes aos de países desenvolvidos.
"Nossa alimentação tradicional é saudável, com arroz, feijão, carne e salada. Mas estamos importando os maus hábitos de fora", diz Castro. Para ele, só uma conscientização que inclua pais e professores poderá mudar essa tendência de crescimento. "É preciso começar na escola, incentivando as aulas de educação física, por exemplo", sugere.
Recentemente, em São Paulo, as escolas particulares passaram a se preocupar com a alimentação de seus alunos, deixando de vender salgadinhos e refrigerantes nas cantinas. Leis estaduais e municipais também têm proibido a venda de determinados alimentos em escolas públicas. Nos Estados Unidos, a Coca-Cola e a Pepsi anunciaram no fim de 2005 que não mais venderiam refrigerantes nas escolas de ensino fundamental.
Fonte:
Agência Estado
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