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EUA dizem que podem montar coalizão para punir Irã
Os EUA gostariam que a Europa e outros países aderissem à imposição de sanções financeiras e de viagem ao Irã caso o país islâmico se recuse a paralisar seu programa de enriquecimento de urânio, afirmou uma importante autoridade norte-americana.
Em entrevista concedida a um canal de TV na segunda-feira à noite, Nicholas Burns, subsecretário de Estado dos EUA, afirmou que o mundo precisa ser "duro" neste momento, em que a diplomacia em relação ao Irã chega a uma nova fase no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Então, a fim de convencer os iranianos de que eles devem retroceder, precisaremos talvez formar uma coalizão de países — e eu não sei se a Rússia e a China participariam disso — capaz de aplicar sanções" atingindo a capacidade das autoridades iranianas de viajar e de usar o sistema financeiro internacional, disse Burns.
As declarações foram dadas ao programa "The Charlie Rose Show", exibido por um canal público de TV.
O subsecretário concedeu a entrevista pouco antes de a diretoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reunir-se em Viena para decidir os próximos passos a respeito do Irã, acusado por potências ocidentais de tentar desenvolver armas nucleares.
O governo iraniano insiste que pretende usar essa tecnologia apenas para produzir energia elétrica.
A diretoria da AIEA, formada por 35 países, relatou o caso ao Conselho de Segurança um mês atrás. O órgão pediu que o país islâmico suspendesse seu programa de enriquecimento de urânio e parasse de minar os relatórios dos investigadores internacionais.
Na terça-feira, a diretoria avaliará o mais recente relatório de Mohammed ElBaradei, chefe do agência, antes de enviá-lo para o Conselho de Segurança, que então poderia discutir a imposição de sanções.
Burns reconheceu que nem todos os países concordam com a adoção de sanções e sugeriu que os EUA podem tentar convencer os governos a agir independentemente do Conselho de Segurança.
A Rússia e a China, países com poder de veto no Conselho de Segurança, já deixaram clara sua relutância em punir o Irã.
ElBaradei afirmou na segunda-feira ainda ser possível chegar a um acordo para colocar fim à crise nuclear com o Irã. Alguns diplomatas falaram em um documento que permitiria ao país islâmico realizar pesquisas limitadas na área nuclear.
Mas os EUA descartaram a possibilidade de que o Irã tenha autorização para dar continuidade a um programa de enriquecimento de urânio em pequena escala. E Burns previu que o Conselho de Segurança se manifestará no caso do Irã.
"Então, a menos que haja uma reviravolta dramática, suspeito que a diretoria da AIEA confirmará o julgamento feito 30 dias atrás, no começo de fevereiro", afirmou.
"Depois, essa questão será tratada de forma ativa pelo Conselho de Segurança da ONU e é assim que as coisas devem ser."
Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, afirmou não ter conhecimento de nenhuma proposta envolvendo um programa de enriquecimento de urânio em pequena escala.
Casey afirmou: "Ninguém fica ligeiramente grávida. Não se pode permitir que esse governo desenvolva o enriquecimento em escala nenhuma, porque isso permitiria o domínio da tecnologia para completar o ciclo de combustível. E essa tecnologia poderia ser aplicada facilmente na fabricação de armas".
"Então, a fim de convencer os iranianos de que eles devem retroceder, precisaremos talvez formar uma coalizão de países — e eu não sei se a Rússia e a China participariam disso — capaz de aplicar sanções" atingindo a capacidade das autoridades iranianas de viajar e de usar o sistema financeiro internacional, disse Burns.
As declarações foram dadas ao programa "The Charlie Rose Show", exibido por um canal público de TV.
O subsecretário concedeu a entrevista pouco antes de a diretoria da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reunir-se em Viena para decidir os próximos passos a respeito do Irã, acusado por potências ocidentais de tentar desenvolver armas nucleares.
O governo iraniano insiste que pretende usar essa tecnologia apenas para produzir energia elétrica.
A diretoria da AIEA, formada por 35 países, relatou o caso ao Conselho de Segurança um mês atrás. O órgão pediu que o país islâmico suspendesse seu programa de enriquecimento de urânio e parasse de minar os relatórios dos investigadores internacionais.
Na terça-feira, a diretoria avaliará o mais recente relatório de Mohammed ElBaradei, chefe do agência, antes de enviá-lo para o Conselho de Segurança, que então poderia discutir a imposição de sanções.
Burns reconheceu que nem todos os países concordam com a adoção de sanções e sugeriu que os EUA podem tentar convencer os governos a agir independentemente do Conselho de Segurança.
A Rússia e a China, países com poder de veto no Conselho de Segurança, já deixaram clara sua relutância em punir o Irã.
ElBaradei afirmou na segunda-feira ainda ser possível chegar a um acordo para colocar fim à crise nuclear com o Irã. Alguns diplomatas falaram em um documento que permitiria ao país islâmico realizar pesquisas limitadas na área nuclear.
Mas os EUA descartaram a possibilidade de que o Irã tenha autorização para dar continuidade a um programa de enriquecimento de urânio em pequena escala. E Burns previu que o Conselho de Segurança se manifestará no caso do Irã.
"Então, a menos que haja uma reviravolta dramática, suspeito que a diretoria da AIEA confirmará o julgamento feito 30 dias atrás, no começo de fevereiro", afirmou.
"Depois, essa questão será tratada de forma ativa pelo Conselho de Segurança da ONU e é assim que as coisas devem ser."
Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, afirmou não ter conhecimento de nenhuma proposta envolvendo um programa de enriquecimento de urânio em pequena escala.
Casey afirmou: "Ninguém fica ligeiramente grávida. Não se pode permitir que esse governo desenvolva o enriquecimento em escala nenhuma, porque isso permitiria o domínio da tecnologia para completar o ciclo de combustível. E essa tecnologia poderia ser aplicada facilmente na fabricação de armas".
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/314550/visualizar/
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