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Economia
Sábado - 12 de Janeiro de 2013 às 17:57
Por: Carolina Martins

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O Grupo Lafarge, maior fabricante de cimentos do mundo, anunciou que vai diminuir os investimentos no mercado brasileiro pela metade nos próximos cinco anos, segundo informou o presidente do grupo, Bruno Lefont, nesta sexta-feira (11) durante reunião com a presidente Dilma Rousseff.

O Grupo Lafarge investiu, nos últimos cinco anos, R$ 2 bilhões no Brasil. Para os próximos cinco anos, a previsão de investimentos é de R$ 1 bilhão. Lefont, contudo, garante que a Lafarge aposta no crescimento do Brasil, e que os investimentos menores são, na verdade, uma adequação.
 
 — Não é uma diminuição de investimento, é preciso considerar que foi feita uma compra muito grande de cimento nos últimos cinco anos, não há redução de atividades. O Brasil tem um verdadeiro potencial de crescimento. A necessidade de infraestrutura e de construção de habitação só faz confirmar que o País ainda tem muita margem para crescer.

O empresário também explicou que o plano do grupo é de um crescimento orgânico, ou seja, construir novas fábricas e aumentar o tamanho das já existentes. Segundo ele, o investimento será direcionado para aumentar a capacidade de produção de cimento, de brita e de concreto.

Além disso, parte do R$ 1 bilhão será usada para a construção, ainda este ano, de um laboratório de pesquisa direcionada para construção sustentável. O objetivo é encontrar soluções para economizar recursos na construção de habitações, e tornar as obras esteticamente mais bonita e duráveis.

O encontro da presidente com o grupo dá continuidade a sua agenda de reuniões com empresários para saber a intenção de investimentos no País nos próximos anos. Com a promessa de um crescimento econômico de pelo menos 4% neste ano, o governo quer discutir com o setor privado qual o plano de investimentos das empresas.

México

Na quarta-feira (9), o homem mais rico do mundo, Carlos Slim, mostrou interesse em unir seu conglometado da construção, a Elementia, ao grupo francês para penetrar nos negócios de cimento. O anúncio confirmou rumores de mercado, e pode confirmar a tendência apontada pela revista inglês Economist para 2013 de que o Brasil está perdendo sua atratividade em termos de investimento para o México, uma vez que Slim visa acirrar a concorrência com a gigante local nos negócios de cimento, a Cemex.





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