Operação de resgate a refém francês na Somália fracassa e deixa 20 mortos

A França anunciou neste sábado o fracasso da tentativa de libertar um refém francês na Somália. A vítima acabou morta pelos sequestradores na operação, que também deixou dois soldados franceses e mais 17 terroristas mortos.

O francês Denis Allex, sequestrado na Somália por islamitas desde julho de 2009, foi morto por seus sequestradores durante uma operação efetuada pelo serviço secreto de segurança externa da França (DGSE) para tentar libertá-lo, segundo do Ministério da Defesa.

Allex, agente da DGSE, havia sido sequestrado em Mogadíscio no momento em que realizava "uma missão oficial de assistência" ao governo somali de transição, lembra o ministério.

O governo francês deu sinal verde à operação "devido à intransigência dos terroristas, que durante três anos e meio rejeitaram qualquer negociação, e que retinham Allex em condições desumanas".
 

AFP

O agente do serviço secreto francês, Denis Allex, que foi morto por sequestrados após tentativa fracassada de resgate

Pouco após o anúncio do governo francês, os islamitas shebab afirmaram que o refém francês em seu poder continua vivo após a operação efetuada para libertá-lo, mas que seria julgado "dentro de dois dias".

Além disso, os shebab afirmam ter sequestrado "um soldado francês ferido" na operação e acrescentam que os comandos franceses levaram consigo "vários" companheiros mortos ou feridos nos combates, indicou um comunicado enviado à agência France Prece em Nairóbi.

Os islamitas somalis shebab também ameaçaram a França, afirmando que o país sofrerá "amargas consequências" após a fracassada operação para libertar o refém francês.

"No final das contas, serão os cidadãos franceses que sofrerão, inevitavelmente, as amargas consequências da atitude inconsequente de seu governo para com os reféns", advertem os islamitas.

A Somália vive mergulhada no caos e na guerra civil desde a derrubada do presidente Siad Barre em 199.