Cooperativas do Centro-Oeste se mobilizam

As Cooperativas Agrícolas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás pedem intercedência da Organização das Cooperativas Brasileiras para exportar soja transgênica via Porto de Paranaguá.

O Governo do Paraná proibiu a exportação de soja transgênica via Porto de Paranaguá e a OCB/MT – Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso, prevê um caos no setor produtivo de soja caso o fato persista. Os cooperativistas do Centro-Oeste solicitam que a OCB interceda junto a Presidência da República e aos Ministérios da Agricultura e da Indústria, que o impasse seja solucionado. Para as cooperativas, a medida adotada pelo governo do Paraná transgride uma lei federal que permite o plantio e comercialização de soja transgênica em todo país, lesando assim, o direito dos demais estados, causando-lhes prejuízos irreparáveis.

Tradicionalmente a via de escoamento da produção de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é o Porto de Paranaguá e o frete de retorno é embarcado o fertilizante utilizado nas lavouras, um processo que se quebraria com a proibição no Estado paranaense. “Sabemos de outro lado, que a pressão do escoamento da produção deste dois Estados juntos via Porto de Santos, em São Paulo, geraria um desastre logístico, por falta de capacidade de embarque, além da desorganização de todo sistema de logística já administrado por nossas cooperativas, produtores e demais empresas da região, com geração de custos insuportáveis para o setor”, disse o presidente da OCB/MT, Onofre Cezário de Souza Filho, em ofício enviado ao presidente da OCB nacional, Márcio Lopes de Freitas, assinado pelos presidentes das OCEs de Mato Grosso do Sul e Goiás.

A previsão é que Mato Grosso produza este ano 17 milhões de toneladas de soja, sendo que 3,5 milhões de toneladas, de soja transgênica. Nesse volume está incluída a produção de 13 cooperativas agropecuárias registradas no Estado. Em Mato Grosso do Sul a previsão de produção de soja transgênica é de 2,5 milhões de toneladas e em Goiás, 2 milhões de toneladas. “Nosso esforço não é só para as cooperativas, mas para todo setor produtivo do país”, frisou o superintendente da OCB/MT, Adair Mazzotti.