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Mofaz diz que Israel pode definir unilateralmente suas fronteiras
Em entrevista publicada hoje, o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, reiterou que seu país não negociará com o Hamas enquanto o movimento não cumprir as exigência que lhe foram feitas e afirmou que, se não houver um interlocutor palestino válido, Israel poderá definir unilateralmente suas fronteiras, "Preferiríamos que o traçado de nossas fronteiras fosse definido dentro de um acordo, mas caso não haja um interlocutor da parte palestina, Israel deverá decidir seu destino", declarou Mofaz ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".
Mofaz, que na próxima quarta-feira se reunirá em Berlim com os ministros da Alemanha de Assuntos Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e da Defesa, Franz-Josef Jung, destacou que as futuras fronteiras de Israel devem responder a dois critérios: "Têm que ser facilmente defensáveis e assegurar uma maioria populacional judaica".
Perguntado sobre como vê este traçado, Mofaz respondeu que o mesmo "deverá incluir os assentamentos de Judéia e Samaria, e também Maalé Dumim, Gush Etzion, Efrat, Ariel, Karnei Shomron, Reikhan e Shaked", ou seja, "um pouco menos da Cisjordânia".
"De qualquer maneira, este cenário é válido somente na suposição de que não será possível uma negociação", acrescentou.
Mofaz, que concorre nas eleições de 28 de março pelo Kadima, partido criado por Ariel Sharon, ressaltou: "Não falaremos com o Hamas enquanto o movimento não reconhecer a existência de Israel, abandonar o terror e reconhecer e respeitar todos os acordos firmados entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina".
O ministro considerou "sem sentido" o pedido do Egito para que Israel conceda ao Hamas um prazo de "observação" de seis meses.
Mofaz explicou que "nada mudará em seis meses": "A liderança do Hamas deve definir uma estratégia já, se é verdade que quer melhorar as condições de vida dos palestinos e dialogar com Israel sobre a criação de um Estado palestino. O tempo não ajuda ninguém".
Mofaz foi cético sobre a capacidade do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, de influenciar o Hamas, mas Israel "não quer retirá-lo completamente da foto", disse.
Mesmo assim, Israel "não falará com Abbas": "Já que a maioria do Parlamento palestino está nas mãos do Hamas, Israel considera que a Autoridade Palestina é uma Autoridade do Hamas".
"Estão tentado criar uma liderança bicéfala. O Hamas de um lado e Abbas do outro. Nós não podemos aceitar isso", acrescentou Mofaz.
Ao ser perguntado se Israel excluirá de seus atentados seletivos os dirigentes do Hamas que agora ocupam uma cadeira no Parlamento, Mofaz respondeu: "Temos o direito de defender nossa população".
O ministro acrescentou que "não há nenhuma diferença entre as Brigadas de Al-Aqsa, do Fatah, a Jihad Islâmica e o Hamas".
"Combateremos quem cometer atos de terror contra Israel. O Hamas é uma organização terrorista que tem suas mãos manchadas com o sangue de milhares de israelenses. Mais ainda, são parte do ''eixo do mal'', ao qual também pertencem o Irã, o Hisbolá no Líbano e a Síria", ressaltou.
Mofaz, que na próxima quarta-feira se reunirá em Berlim com os ministros da Alemanha de Assuntos Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e da Defesa, Franz-Josef Jung, destacou que as futuras fronteiras de Israel devem responder a dois critérios: "Têm que ser facilmente defensáveis e assegurar uma maioria populacional judaica".
Perguntado sobre como vê este traçado, Mofaz respondeu que o mesmo "deverá incluir os assentamentos de Judéia e Samaria, e também Maalé Dumim, Gush Etzion, Efrat, Ariel, Karnei Shomron, Reikhan e Shaked", ou seja, "um pouco menos da Cisjordânia".
"De qualquer maneira, este cenário é válido somente na suposição de que não será possível uma negociação", acrescentou.
Mofaz, que concorre nas eleições de 28 de março pelo Kadima, partido criado por Ariel Sharon, ressaltou: "Não falaremos com o Hamas enquanto o movimento não reconhecer a existência de Israel, abandonar o terror e reconhecer e respeitar todos os acordos firmados entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina".
O ministro considerou "sem sentido" o pedido do Egito para que Israel conceda ao Hamas um prazo de "observação" de seis meses.
Mofaz explicou que "nada mudará em seis meses": "A liderança do Hamas deve definir uma estratégia já, se é verdade que quer melhorar as condições de vida dos palestinos e dialogar com Israel sobre a criação de um Estado palestino. O tempo não ajuda ninguém".
Mofaz foi cético sobre a capacidade do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, de influenciar o Hamas, mas Israel "não quer retirá-lo completamente da foto", disse.
Mesmo assim, Israel "não falará com Abbas": "Já que a maioria do Parlamento palestino está nas mãos do Hamas, Israel considera que a Autoridade Palestina é uma Autoridade do Hamas".
"Estão tentado criar uma liderança bicéfala. O Hamas de um lado e Abbas do outro. Nós não podemos aceitar isso", acrescentou Mofaz.
Ao ser perguntado se Israel excluirá de seus atentados seletivos os dirigentes do Hamas que agora ocupam uma cadeira no Parlamento, Mofaz respondeu: "Temos o direito de defender nossa população".
O ministro acrescentou que "não há nenhuma diferença entre as Brigadas de Al-Aqsa, do Fatah, a Jihad Islâmica e o Hamas".
"Combateremos quem cometer atos de terror contra Israel. O Hamas é uma organização terrorista que tem suas mãos manchadas com o sangue de milhares de israelenses. Mais ainda, são parte do ''eixo do mal'', ao qual também pertencem o Irã, o Hisbolá no Líbano e a Síria", ressaltou.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/314912/visualizar/
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