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Polícia Brasil
Domingo - 05 de Março de 2006 às 08:32

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O governo federal quer que o ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro seja mantido preso em Brasília quando for extraditado para o Brasil. A União, por meio da Procuradoria-Geral, entrou com um mandado de segurança contra decisão do juiz federal da 1ª Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que determinou a permanência de Arcanjo no Estado. A autora do mandado é a procuradora federal Hélia Maria de Oliveira Bettero. O processo está na Segunda Seção do Tribunal Regional Federal (TRF), sob relatoria do desembargador Tourinho Neto. O mandado foi impetrado no dia 17 de fevereiro e ainda não houve qualquer decisão.

Apontado como o chefe do crime organizado em Mato Grosso, tendo praticado crimes como lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores e ainda acusado de ser mandante de vários assassinatos, Arcanjo está preso no Uruguai desde 2003. Após diversas demandas judiciais, saiu a ordem de extradição do bicheiro, conhecido como "Comendador". Mas com a impetração de recursos os advogados de Arcanjo vinham conseguindo protelar a volta dele ao Brasil.

O juiz Julier, que tem a tutela de Arcanjo, determinou, em um dos processos, que ele seja trazido para Mato Grosso quando sair do Uruguai. O magistrado quer que ele fique preso na Penitenciária do Pascoal Ramos, na ala federal recém-construída, ou na sede regional da superintendência da Polícia Federal.

Como a PF alega não ter condições estruturais e nem de pessoal para manter um preso perigoso como Arcanjo em Mato Grosso, a União decidiu entrar com o mandado de segurança contra a decisão do juiz Julier. No mandado, a procuradora Hélia Maria pede que Arcanjo fique preso em Brasília quando retornar ao país. De acordo ainda com o mandado, sempre que houver necessidade da presença do ex-policial, em função de algum processo, ele pode ser conduzido a Mato Grosso temporariamente, retornando depois para Brasília.





Fonte: Gazeta Digital

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