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AIEA se reúne enquanto Irã insiste em enriquecer urânio
O Conselho de Governadores da AIEA se reúne na segunda-feira em Viena para avaliar um relatório técnico do programa nuclear iraniano que, salvo surpresa de última hora, será levado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Este passo se dá praticamente por certo após serem frustradas as possibilidades de um acordo entre a República Islâmica e a União Européia (UE) na sexta-feira passada também em Viena durante um encontro entre os ministros de Exteriores da Alemanha, França e Grã- Bretanha e um alto representante iraniano.
O Irã não aceitou de maneira alguma uma moratória plena em suas atividades de enriquecimento desse material, como exigia a UE, e pretende manter as pesquisas em pequena escala com fins científicos.
Moscou também exige uma suspensão plena das atividades de enriquecimento para dar via livre à criação de uma empresa mista com Teerã em solo russo que sirva para abastecer as usinas atômicas iranianas de combustível nuclear, o que acabaria com os receios internacionais.
Devido à insistência das autoridades iranianas em contar com a tecnologia para criar combustível nuclear, a UE e EUA duvidam que seu programa nuclear seja pacífico, algo que a AIEA após três anos de intensas inspeções ainda não é capaz de certificar.
Uma suspensão completa como medida de confiança é também a exigência que se inclui na última resolução da AIEA, com um respaldo de 27 dos 35 países-membros da executiva do organismo nuclear da ONU.
O expediente nuclear iraniano está "em uma fase crítica", declarou na sexta-feira o ministro de Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, já que antes de segunda-feira "ou se alcança um acordo que leve de novo às negociações ou a situação será tratada no Conselho de Segurança", órgão com poder para impor sanções.
"É deplorável e preocupante que as incertezas relativas ao alcance e a natureza do programa nuclear do Irã não se tenham definido após três anos de verificação intensa por parte do organismo", lê-se no último relatório técnico do diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, que será debatido na Junta.
O documento também inclui que o Irã anunciou à AIEA sua intenção de instalar já 3.000 centrífugas de urânio no último trimestre de 2006.
Firuz Mahvi, porta-voz do Comitê de Exteriores do Conselho Nacional de Resistência Iraniana (CNR), a maior organização opositora ao regime teocrático de Teerã, declarou a EFE que o Irã pretende aperfeiçoar a criação de combustível nuclear com fins militares com essas atividades de pesquisa.
"O encontro com os europeus foi só para ganhar tempo", sustenta Mahvi, que afirmou que a delegação iraniana não aportou nenhuma proposta séria aos europeus.
Enriquecer urânio é uma atividade legal sob o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) sempre e quando seja para fins pacíficos, algo que a AIEA não pôde comprovar até agora de forma definitiva no caso do Irã, país ao qual a AIEA exige em seu último relatório técnico "cooperação ativa".
Este passo se dá praticamente por certo após serem frustradas as possibilidades de um acordo entre a República Islâmica e a União Européia (UE) na sexta-feira passada também em Viena durante um encontro entre os ministros de Exteriores da Alemanha, França e Grã- Bretanha e um alto representante iraniano.
O Irã não aceitou de maneira alguma uma moratória plena em suas atividades de enriquecimento desse material, como exigia a UE, e pretende manter as pesquisas em pequena escala com fins científicos.
Moscou também exige uma suspensão plena das atividades de enriquecimento para dar via livre à criação de uma empresa mista com Teerã em solo russo que sirva para abastecer as usinas atômicas iranianas de combustível nuclear, o que acabaria com os receios internacionais.
Devido à insistência das autoridades iranianas em contar com a tecnologia para criar combustível nuclear, a UE e EUA duvidam que seu programa nuclear seja pacífico, algo que a AIEA após três anos de intensas inspeções ainda não é capaz de certificar.
Uma suspensão completa como medida de confiança é também a exigência que se inclui na última resolução da AIEA, com um respaldo de 27 dos 35 países-membros da executiva do organismo nuclear da ONU.
O expediente nuclear iraniano está "em uma fase crítica", declarou na sexta-feira o ministro de Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, já que antes de segunda-feira "ou se alcança um acordo que leve de novo às negociações ou a situação será tratada no Conselho de Segurança", órgão com poder para impor sanções.
"É deplorável e preocupante que as incertezas relativas ao alcance e a natureza do programa nuclear do Irã não se tenham definido após três anos de verificação intensa por parte do organismo", lê-se no último relatório técnico do diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, que será debatido na Junta.
O documento também inclui que o Irã anunciou à AIEA sua intenção de instalar já 3.000 centrífugas de urânio no último trimestre de 2006.
Firuz Mahvi, porta-voz do Comitê de Exteriores do Conselho Nacional de Resistência Iraniana (CNR), a maior organização opositora ao regime teocrático de Teerã, declarou a EFE que o Irã pretende aperfeiçoar a criação de combustível nuclear com fins militares com essas atividades de pesquisa.
"O encontro com os europeus foi só para ganhar tempo", sustenta Mahvi, que afirmou que a delegação iraniana não aportou nenhuma proposta séria aos europeus.
Enriquecer urânio é uma atividade legal sob o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) sempre e quando seja para fins pacíficos, algo que a AIEA não pôde comprovar até agora de forma definitiva no caso do Irã, país ao qual a AIEA exige em seu último relatório técnico "cooperação ativa".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/314933/visualizar/
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