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Alckmin critica governo e chama Lula de anti-Juscelino
O governador paulista e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou nesta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter dito que o país não tem pressa para crescer.
"Fiquei extremamente impressionado, é o anti-Juscelino", disse Alckmin a jornalistas em Caieiras, na Grande São Paulo, comparando Lula ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, cujo slogan de governo era "50 anos em cinco".
"Tudo de que o Brasil precisa é pressa para tirar o atraso, para diminuir a pobreza e para fazer inclusão social. O que falta ao governo é exatamente esse sentimento de urgência das coisas. Tudo pode deixar para amanhã e empurrar com a barriga", acrescentou.
Alckmin fez os comentários em função da entrevista do presidente à revista britânica The Economist, na qual Lula defende a necessidade de se criar bases sólidas na economia para garantir um ciclo de crescimento sustentável.
"Não estamos com pressa para fazer a economia decolar imediatamente. Primeiro queremos consolidar a base macroeconômica do Brasil, para alcançar um ciclo de crescimento que possa durar por dez, 15 anos", disse o presidente.
"Eu não quero crescer 10 ou 15 por cento por um ano. Não é isso que estou buscando. Eu quero um ciclo de crescimento duradouro com uma média de 4 ou 5 por cento, de modo que o Brasil possa recuperar o tempo perdido", acrescentou Lula.
Para o governador, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado mostra que "a luz amarela está acesa". Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia brasileira cresceu apenas 2,3 por cento em 2005.
"O governo precisa aprender com essa luz amarela", insistiu Alckmin.
DISPUTA INTERNA
Único pré-candidato declarado do PSDB à Presidência, Alckmin trava com o prefeito de São Paulo, José Serra, uma disputa interna para ser o escolhido pelo partido.
Serra deve anunciar nos próximos dias se deseja ou não ser candidato à Presidência, o que o governador disse ser indiferente para suas pretensões de ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2007.
"Não, não muda nada. Meu nome continua à disposição do partido", declarou Alckmin.
"Eu cumpri todas as instâncias partidárias e deixei claramente a minha disposição, entusiasmo e firmeza nessa decisão. Mas quem resolve é o partido", acrescentou o governador, repetindo que a definição da candidatura deve ser feita "sem correria".
Alckmin afirmou também que não teme ser preterido em uma decisão de cúpula do partido em favor de Serra.
"Pelo contrário, eu estou extremamente tranquilo, zen. As coisas têm a sua normalidade. Vamos aguardar", disse o governador, que deve viajar a Ribeirão Preto e São José do Rio Preto neste fim de semana.
Os três caciques do PSDB encarregados de conduzir o processo de escolha do candidato tucano —o presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati, o governador mineiro, Aécio Neves, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso— estão fora do circuito político estes dias.
"Fiquei extremamente impressionado, é o anti-Juscelino", disse Alckmin a jornalistas em Caieiras, na Grande São Paulo, comparando Lula ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, cujo slogan de governo era "50 anos em cinco".
"Tudo de que o Brasil precisa é pressa para tirar o atraso, para diminuir a pobreza e para fazer inclusão social. O que falta ao governo é exatamente esse sentimento de urgência das coisas. Tudo pode deixar para amanhã e empurrar com a barriga", acrescentou.
Alckmin fez os comentários em função da entrevista do presidente à revista britânica The Economist, na qual Lula defende a necessidade de se criar bases sólidas na economia para garantir um ciclo de crescimento sustentável.
"Não estamos com pressa para fazer a economia decolar imediatamente. Primeiro queremos consolidar a base macroeconômica do Brasil, para alcançar um ciclo de crescimento que possa durar por dez, 15 anos", disse o presidente.
"Eu não quero crescer 10 ou 15 por cento por um ano. Não é isso que estou buscando. Eu quero um ciclo de crescimento duradouro com uma média de 4 ou 5 por cento, de modo que o Brasil possa recuperar o tempo perdido", acrescentou Lula.
Para o governador, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado mostra que "a luz amarela está acesa". Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia brasileira cresceu apenas 2,3 por cento em 2005.
"O governo precisa aprender com essa luz amarela", insistiu Alckmin.
DISPUTA INTERNA
Único pré-candidato declarado do PSDB à Presidência, Alckmin trava com o prefeito de São Paulo, José Serra, uma disputa interna para ser o escolhido pelo partido.
Serra deve anunciar nos próximos dias se deseja ou não ser candidato à Presidência, o que o governador disse ser indiferente para suas pretensões de ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2007.
"Não, não muda nada. Meu nome continua à disposição do partido", declarou Alckmin.
"Eu cumpri todas as instâncias partidárias e deixei claramente a minha disposição, entusiasmo e firmeza nessa decisão. Mas quem resolve é o partido", acrescentou o governador, repetindo que a definição da candidatura deve ser feita "sem correria".
Alckmin afirmou também que não teme ser preterido em uma decisão de cúpula do partido em favor de Serra.
"Pelo contrário, eu estou extremamente tranquilo, zen. As coisas têm a sua normalidade. Vamos aguardar", disse o governador, que deve viajar a Ribeirão Preto e São José do Rio Preto neste fim de semana.
Os três caciques do PSDB encarregados de conduzir o processo de escolha do candidato tucano —o presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati, o governador mineiro, Aécio Neves, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso— estão fora do circuito político estes dias.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315193/visualizar/
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