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Tecnologia
Sexta - 03 de Março de 2006 às 19:50

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Os fornecedores de equipamentos que enfrentam forte concorrência para vender produtos às empresas de telecomunicações estão aprendendo o significado de uma palavra de valor cada vez maior: serviço.

Companhias como a Lucent Technologies e a Ericsson estão enfatizando não apenas sua capacidade de fornecer equipamentos para as operadoras de telecomunicações como sua competência para integrar sistemas e mantê-los em funcionamento.

"Espero que os serviços se tornem uma parte cada vez mais importante da companhia", afirmou Patricia Russo, presidente-executiva da Lucent, durante a Reuters Global Technology, Media and Telecoms Summit, em Nova York, sexta-feira.

"Quando estudamos os gastos e as oportunidades que temos, torna-se claro que é preciso ampliar esse segmento mais rápido do que o mercado em geral."

O segmento de "serviços" abrange consultoria, instalação e manutenção fornecidas por fabricantes de equipamentos como a Cisco Systems ou a Juniper Networks, ao instalarem redes para as operadoras de telecomunicações.

As redes freqüentemente agrupam equipamentos de fornecedores diferentes, ocasionalmente concorrentes, e precisam de operadores treinados e capacitados para mantê-las conectadas e funcionando, disse Arthur Gruen, consultor na Wilkofsky Gruen Associates.

"Hoje em dia você pode comprar um equipamento da empresa A, outro da empresa B, o que é ótimo em termos de permitir que o comprador obtenha exatamente o que deseja, mas aumenta bastante o grau de complicação do processo", explicou.

Gruen disse que os fornecedores que não oferecerem serviços podem sofrer perdas financeiras. "Se você não os oferece e alguém mais o faz, a vantagem para o concorrente é grande", disse.

O segmento vem ganhando visibilidade no mercado à medida que as operadoras de telecomunicações estabelecem novas redes baseadas na tecnologia de protocolos de Internet, disse Erik Suppiger, especialista em redes e segurança na Pacific Growth Equities.

"É essencial que os fornecedores sejam capazes de vender seu trabalho como provedores de serviços", afirmou.

(Com reportagem adicional de Yinka Adegoke, em Nova York e Patrick Lannin, em Paris)





Fonte: Reuters

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