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Bush chega ao Paquistão após protestos e greve
A greve nacional convocada por partidos islamitas paralisou o Paquistão na sexta-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desembarcou no país.
Bush chegou a Islamabad, proveniente de Nova Délhi, no encerramento de sua turnê pelo sul da Ásia. A visita ocorre um dia depois de um carro-bomba ter matado um diplomata norte-americano e duas outras pessoas no país.
"Vou me reunir com o presidente Pervez Musharraf para discutir a cooperação vital do Paquistão à guerra contra o terror e nossos esforços para incentivar o desenvolvimento econômico e político, para que possamos reduzir o apelo do islã radical", disse Bush na Índia antes de embarcar. O norte-americano deve se encontrar com Musharraf no sábado.
Bush também tentou agradar à oposição paquistanesa, indicando que pode pressionar Musharraf a acelerar as instituições democráticas. Musharraf assumiu o poder num golpe militar há sete anos. "Acredito que um Paquistão democrático e próspero será um parceiro leal dos EUA, um vizinho pacífico para a Índia e uma força pela liberdade e pela moderação no mundo árabe".
Um funcionário da Casa Branca disse depois que Bush quis dizer "mundo muçulmano".
Bush afirmou que vai pedir ao presidente paquistanês que tome mais providências para fechar campos militantes no Paquistão e para impedir a infiltração pela fronteira — uma reclamação de líderes afegãos e indianos.
Em Nova Délhi, Bush fez um acordo para fornecer à Índia, tradicional rival do Paquistão, tecnologia norte-americana para uma usina nuclear civil.
A polícia paquistanesa teve de usar gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que tentavam chegar ao consulado dos EUA, diante do qual um carro-bomba explodiu no dia anterior, matando um diplomata norte-americano e duas outras pessoas.
Dezenas de manifestantes foram presos por jogar pedras contra veículos policiais perto da missão norte-americana na sexta-feira.
O maior protesto aconteceu em Multan, na província de Punjab, onde o líder da oposição na Assembléia Nacional, Maulana Fazl-ur-Rehman, discursou para 10 mil pessoas.
O clérigo muçulmano disse aos manifestantes que o objetivo da visita de Bush é "escravizar a nação paquistanesa e recompensar o general Musharraf por seu patriotismo para com os EUA".
O assessor de segurança nacional da Casa Branca Stephen Hadley disse a repórteres na Índia que a viagem de Bush ao Paquistão tem algum grau de risco. Agentes do FBI, segundo autoridades paquistanesas, estão ajudando a investigar o ataque suicida em Karachi.
O esquema de segurança de Bush em Islamabad foi reforçado por causa do ataque e dos protestos. A área do aeroporto será policiada por cães farejadores e equipamentos eletrônicos. Há bloqueios em pontos de entrada para a capital e em estradas.
Os protestos estão sendo organizados tanto por partidos da oposição quanto governistas, e concentram-se principalmente na publicação de charges do profeta Maomé por jornais ocidentais. Um clérigo islâmico de uma pequena cidade no sul do país ofereceu uma recompensa de 170 mil dólares para quem matar Bush ou um dos cartunistas responsáveis pelos desenhos do profeta Maomé.
"Vou me reunir com o presidente Pervez Musharraf para discutir a cooperação vital do Paquistão à guerra contra o terror e nossos esforços para incentivar o desenvolvimento econômico e político, para que possamos reduzir o apelo do islã radical", disse Bush na Índia antes de embarcar. O norte-americano deve se encontrar com Musharraf no sábado.
Bush também tentou agradar à oposição paquistanesa, indicando que pode pressionar Musharraf a acelerar as instituições democráticas. Musharraf assumiu o poder num golpe militar há sete anos. "Acredito que um Paquistão democrático e próspero será um parceiro leal dos EUA, um vizinho pacífico para a Índia e uma força pela liberdade e pela moderação no mundo árabe".
Um funcionário da Casa Branca disse depois que Bush quis dizer "mundo muçulmano".
Bush afirmou que vai pedir ao presidente paquistanês que tome mais providências para fechar campos militantes no Paquistão e para impedir a infiltração pela fronteira — uma reclamação de líderes afegãos e indianos.
Em Nova Délhi, Bush fez um acordo para fornecer à Índia, tradicional rival do Paquistão, tecnologia norte-americana para uma usina nuclear civil.
A polícia paquistanesa teve de usar gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que tentavam chegar ao consulado dos EUA, diante do qual um carro-bomba explodiu no dia anterior, matando um diplomata norte-americano e duas outras pessoas.
Dezenas de manifestantes foram presos por jogar pedras contra veículos policiais perto da missão norte-americana na sexta-feira.
O maior protesto aconteceu em Multan, na província de Punjab, onde o líder da oposição na Assembléia Nacional, Maulana Fazl-ur-Rehman, discursou para 10 mil pessoas.
O clérigo muçulmano disse aos manifestantes que o objetivo da visita de Bush é "escravizar a nação paquistanesa e recompensar o general Musharraf por seu patriotismo para com os EUA".
O assessor de segurança nacional da Casa Branca Stephen Hadley disse a repórteres na Índia que a viagem de Bush ao Paquistão tem algum grau de risco. Agentes do FBI, segundo autoridades paquistanesas, estão ajudando a investigar o ataque suicida em Karachi.
O esquema de segurança de Bush em Islamabad foi reforçado por causa do ataque e dos protestos. A área do aeroporto será policiada por cães farejadores e equipamentos eletrônicos. Há bloqueios em pontos de entrada para a capital e em estradas.
Os protestos estão sendo organizados tanto por partidos da oposição quanto governistas, e concentram-se principalmente na publicação de charges do profeta Maomé por jornais ocidentais. Um clérigo islâmico de uma pequena cidade no sul do país ofereceu uma recompensa de 170 mil dólares para quem matar Bush ou um dos cartunistas responsáveis pelos desenhos do profeta Maomé.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315224/visualizar/
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