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Economia
Sexta - 03 de Março de 2006 às 13:31

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A revista The Economist afirma nesta semana que o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar liderando as pesquisas de intenção de voto apesar de problemas como o escândalo do mensalão “sugere que ele acertou em duas grandes coisas: a economia e a redução da pobreza”.

A reportagem é baseada em uma “rara” entrevista concedida pelo presidente, durante a qual Lula “citou insistentemente o que vê como seus triunfos gêmeos: estabilidade econômica e progresso social”.

A revista britânica afirma que comparar as estatísticas do Brasil de hoje com as do tempo em que Lula assumiu o governo “é como olhar para duas economias diferentes”.

A estabilidade, diz o texto, está ajudando a planejar investimentos, e “em breve o Brasil não vai precisar se preocupar com um real em queda impulsionando suas dívidas”, a pobreza está em queda e a desigualdade chegou “ao nível mais baixo dos últimos 30 anos e continua caindo”, citando o economista Marcelo Neri.

Ponto fraco

Mas a revista também aponta o que considera ser “o ponto fraco” do governo Lula – os gastos do setor público.

Apesar de um discurso “animador” sobre temas como “a retirada do Estado da economia e a profissionalização dos serviços públicos”, Lula “não fez muito em nenhum dos dois”, critica o texto.

A revista também diz que é ainda “mais decepcionante” o fato de que “o Brasil tem feito menos do que o esperado em educação e saúde”.

A The Economist observa que Lula ainda não se declarou candidato à reeleição, mas “suas viagens frenéticas pelo país inaugurando obras públicas que agradam a população deixam suas intenções claras”.





Fonte: BBC Brasil

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