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Polícia Brasil
Sexta - 03 de Março de 2006 às 07:57
Por: Patrícia Neves

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O assaltante Abílio Rodrigues de Almeida Neto, 19, fugiu por volta das 22h de quarta-feira (1º) do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), mesmo sendo escoltado por dois soldados da Polícia Militar, lotados no 4º Batalhão. Abílio, apesar de ferido nas mãos (teve dois dedos decepados), escalou uma parede de cerca de três metros de altura e escapou da unidade hospitalar pela janela do banheiro.

Abílio era mantido algemado à cama, mas foi solto por um soldado porque precisava ir ao banheiro. Na manhã de ontem, o delegado municipal de Várzea Grande, Luiz Fernando da Costa, que abriu inquérito para apurar a fuga, determinou que uma perícia criminal fosse realizada no banheiro do setor de enfermagem, palco da fuga. Para ter acesso à janela, o assaltante "escalou" o box do banheiro.

A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Abílio tenha recebido ajuda externa para deixar o local. O chefe de operações da delegacia, Edson Leite, recebeu informações de que existia um carro parado nas imediações e pode ter sido usado na fuga.

Abílio e mais quatro homens assaltaram na noite de domingo a casa de um cabo da PM, no bairro Ipase, em Várzea Grande. Abílio apontou uma arma contra a nuca do policial e roubou uma caminhonete S-10 dele, além de aparelhos celulares e dinheiro. No dia seguinte, o carro foi encontrado, sem o aparelho de som, na entrada da cidade de Nossa Senhora do Livramento (35 km de Cuiabá). Abílio, também na segunda-feira, deu entrada no PSMVG, ferido nas mãos. O rapaz não soube explicar o que tinha lhe acontecido o que levantou suspeitas quanto a maneira de ter sido ferido. O proprietário da casa roubada, cabo da PM, foi até o hospital e reconheceu o assaltante que teve a prisão temporária decretada pelo juiz plantonista Jones Gattas Dias.

A Polícia Civil tomou depoimento do rapaz, que confessou o crime. Contou ainda onde havia escondido um revólver calibre 38 usado no assalto. Apesar de não confirmar, Abílio foi ferido por integrantes da quadrilha a qual pertence que, possivelmente, porque eles teriam ficado descontentes com atuação dele no assalto. Por estar machucado, não pôde ser recambiado para a cadeia pública do Capão Grande.

Fuga - No boletim de ocorrência elaborado pelos policiais que estavam de plantão no momento da fuga consta que Abílio insistiu para ser solto porque necessitava ir ao banheiro. Depois desse fato os soldados permaneceram do lado de fora do box de enfermagem e observavam o que se passava no interior do quarto pela porta que foi deixada entreaberta.

Um soldado declarou que via as pernas do preso, aliás, ele tinha visão do cobertor que estava sobre o detento. No mesmo quarto havia um senhor idoso, que não tinha condições de falar, o que, certamente, colaborou para a fuga de Abílio.





Fonte: A Gazeta

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