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Polícia Brasil
Sexta - 03 de Março de 2006 às 06:30

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Com 27 assassinatos, o mês de fevereiro teve quase o dobro de execuções registradas em janeiro, que terminou com 14 mortes em Cuiabá e Várzea Grande. Embora violento e com quase uma execução diária, fevereiro ficou próximo do mesmo período do ano anterior. Em 2005, o mês terminou com 29 execuções. Esses números são superiores aos anos anteriores. Em 2004, fevereiro registrou 18 casos contra seis em 2003. Nos dois primeiros meses deste ano, a polícia contabilizou 41 assassinatos.

A chefe de operações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), policial civil Aparecida Behmer, disse que não há uma explicação plausível para a matança. Ela lembrou que o homicídio é um crime que não há prevenção.

“Nem o Carnaval seria uma justificativa porque em cada ano é comemorado em meses diferentes, às vezes em fevereiro, às vezes em março. Realmente o homicídio é um crime que não se previne”, observou.

Embora o número de assassinatos esteja num patamar elevado, os motivos dos crimes, no entanto, continuam os mesmos. Na Grande Cuiabá se mata por vingança, tráfico ou uso de drogas, crimes passionais (envolvido em paixão) e principalmente por motivo fútil envolvendo brigas em bares com pessoas alcoolizadas.

Na lista das execuções estão 17 jovens de até 24 anos, incluindo três adolescentes, estes assassinados no início do mês. Rafael Aguiar, de 14 anos, e Kenedy Palmer Almeida, de 16, foram vítimas de brigas de gangues. No Altos da Glória, em Cuiabá, Marcilaine Ferreira Sarmento, de 13, morreu com vários tiros na cabeça.

Das 27 execuções, cinco ocorreram em Várzea Grande, um número proporcionalmente baixo, pois a Cidade Industrial responde por um terço da população da Grande Cuiabá. “É bom saber que por lá o número de assassinatos diminuiu. Esperamos o mesmo para Cuiabá”, observou um policial da DHPP.

Em fevereiro ocorreu a execução do vendedor Jaciel Monteiro Lopes, de 19, morto com tiros de escopeta dentro de uma viatura da Polícia Militar. Os três militares que estavam no carro foram indiciados pelo crime.

O último crime do mês ocorreu no bairro Campo Verde, em Cuiabá, onde o pedreiro Moacir dos Santos França, de 47 anos, foi morto a tiros pelo enteado, um adolescente de 17 anos, que ainda não se apresentou à Polícia. O crime ocorreu por motivos fúteis. (AR)





Fonte: Diário de Cuiabá

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