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Internacional
Quinta - 02 de Março de 2006 às 20:44

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O último chefe do KGB da URSS, Vladimir Kriuchkov, negou hoje que o fracassado atentado de 1981 contra o papa João Paulo II tenha sido ordenado pela direção soviética, como sustenta um relatório de uma comissão do Parlamento da Itália.

"Estas informações são uma falácia, mais ainda, uma provocação, um absurdo e um contra-senso", disse Kriuchkov à agência de notícias "Interfax" ao comentar a informação que vazou à imprensa do relatório da comissão, cuja versão completa será divulgada no final de março.

Também desmentiu a suposta "pista soviética" no atentado, que qualificou de "especulação" o Serviço de Inteligência Exterior da Rússia (SVR), a estrutura de espionagem surgida do KGB a par com o Serviço Federal de Segurança (FSB, contra-espionagem).

"Qualquer afirmação sobre a implicação dos serviços secretos soviéticos, incluindo a espionagem exterior, no atentado contra o papa romano é um absurdo que não tem nada a ver com a realidade", disse à "Interfax" o porta-voz do SVR, Boris Labusov.

Vladimir Kriuchkov afirmou que "a União Soviética e seus serviços secretos não tiveram relação alguma com o atentado contra o papa romano; são invenções divulgadas por aqueles que não estão interessados no fomento das relações entre Rússia e Itália".

Kriuchkov, de 80 anos, foi chefe do Primeiro Departamento Central do KGB, encarregado da espionagem, entre 1974 e 1988, ano que assumiu a chefia do Comitê de Segurança do Estado da URSS, que liderou até a tentativa golpista de 1991.

O papa polonês foi ferido gravemente em 13 de maio de 1981 na praça de São Pedro de Roma pelo terrorista turco Mehmet Ali Agca, que foi detido e condenado a prisão perpétua.

Posteriormente, João Paulo II visitou Agca na prisão e o perdoou por esse atentado, e o turco chegou a chamar o Pontífice de seu "irmão espiritual".

Os motivos do atentado são desconhecidos até hoje.





Fonte: EFE

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