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Ação policial contra imprensa causa protestos no Quênia
A operação policial contra um importante grupo jornalístico, que provocou a queima de milhares de jornais e a suspensão das transmissões de uma rede de TV, foi recebida hoje no Quênia com indignação e uma condenação unânime.
"Hoje é um dia triste para a independência dos meios de comunicação", disse em entrevista coletiva o líder da oposição, Uhuru Kenyatta, para quem "não há palavras forteso bastante" para condenar o incidente.
"Isso nos faz recuar duas décadas no desenvolvimento democrático do Quênia e nos traz de volta a lembrança de um sistema ditatorial, tirânico e despótico", acrescentou.
Pouco depois da meia-noite, homens armados que não se identificaram como policiais nem mostraram mandado judicial, se apresentaram na sede de um dos principais jornais do país, "The Standard".
"Destruíram uma das unidades da gráfica e queimaram dezenas de milhares de exemplares", disse o presidente do grupo, Tom Mshindi.
O mesmo grupo foi aos estúdios da rede de televisão KTN, pertencente ao mesmo grupo, "onde pegaram cabos e computadores e interromperam as transmissões", acrescentou Mshindi.
A embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi afirmou em comunicado que "estes atos, próprios de pistoleiros, não têm espaço em uma sociedade democrática e aberta".
A KTN voltou ao ar às 14h (8h de Brasília) e a gráfica do "Standard" já está funcionando de novo, segundo a rede concorrente Nation TV, que dedicou toda a manhã a informar sobre o assunto.
A Nation TV acrescentou, em seu último boletim, que a Polícia admitiu estar por trás da operação, que tinha por objetivo "encontrar provas num assunto que ameaçava a segurança do Estado", embora negando ter causado prejuízos.
O porta-voz do Governo não fez comentários, enquanto o ministro de Segurança Interna, John Michuki, se defendeu dizendo que "quem mexe com uma cascavel deve estar preparado para ser picado".
A operação aconteceu dois dias depois que três jornalistas de "The Standard" foram detidos por causa de uma reportagem publicada no sábado, afirmando que o presidente Mwai Kibaki tinha se reunido em segredo com Kalonzo Musyoka, um de seus ex-ministros.
Os três jornalistas foram postos em liberdade hoje após pagar quase 600 euros de fiança, mas foram acusados de "divulgar informação alarmante".
O incidente pode minar ainda mais ao Governo de Kibaki, que chegou ao poder em 2002 numa euforia geral e com a promessa de acabar com a corrupção, mas que no último mês precisou demitir três ministros por dois escândalos.
"Hoje é um dia triste para a independência dos meios de comunicação", disse em entrevista coletiva o líder da oposição, Uhuru Kenyatta, para quem "não há palavras forteso bastante" para condenar o incidente.
"Isso nos faz recuar duas décadas no desenvolvimento democrático do Quênia e nos traz de volta a lembrança de um sistema ditatorial, tirânico e despótico", acrescentou.
Pouco depois da meia-noite, homens armados que não se identificaram como policiais nem mostraram mandado judicial, se apresentaram na sede de um dos principais jornais do país, "The Standard".
"Destruíram uma das unidades da gráfica e queimaram dezenas de milhares de exemplares", disse o presidente do grupo, Tom Mshindi.
O mesmo grupo foi aos estúdios da rede de televisão KTN, pertencente ao mesmo grupo, "onde pegaram cabos e computadores e interromperam as transmissões", acrescentou Mshindi.
A embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi afirmou em comunicado que "estes atos, próprios de pistoleiros, não têm espaço em uma sociedade democrática e aberta".
A KTN voltou ao ar às 14h (8h de Brasília) e a gráfica do "Standard" já está funcionando de novo, segundo a rede concorrente Nation TV, que dedicou toda a manhã a informar sobre o assunto.
A Nation TV acrescentou, em seu último boletim, que a Polícia admitiu estar por trás da operação, que tinha por objetivo "encontrar provas num assunto que ameaçava a segurança do Estado", embora negando ter causado prejuízos.
O porta-voz do Governo não fez comentários, enquanto o ministro de Segurança Interna, John Michuki, se defendeu dizendo que "quem mexe com uma cascavel deve estar preparado para ser picado".
A operação aconteceu dois dias depois que três jornalistas de "The Standard" foram detidos por causa de uma reportagem publicada no sábado, afirmando que o presidente Mwai Kibaki tinha se reunido em segredo com Kalonzo Musyoka, um de seus ex-ministros.
Os três jornalistas foram postos em liberdade hoje após pagar quase 600 euros de fiança, mas foram acusados de "divulgar informação alarmante".
O incidente pode minar ainda mais ao Governo de Kibaki, que chegou ao poder em 2002 numa euforia geral e com a promessa de acabar com a corrupção, mas que no último mês precisou demitir três ministros por dois escândalos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315464/visualizar/
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