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Internacional
Quinta - 02 de Março de 2006 às 20:00

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A Suprema Corte da Itália confirmou hoje a condenação à prisão perpétua de Nadia Lioce, integrante da organização terrorista ultra-esquerdista Brigadas Vermelhas, pelo assassinato de um policial durante um tiroteio em 2003.

O Tribunal rejeitou o recurso apresentado pela acusada e confirmou a sentença emitida por um tribunal de Florença em junho de 2004 com as acusações de participação em homicídio, roubo, resistência à autoridade e posse de armas, com o agravante de terrorismo.

É a primeira condenação definitiva de Nadia Lioce que, durante o processo, havia se declarado uma "prisioneira política".

Sua prisão ocorreu em março de 2003, quando foi descoberta durante um controle rotineiro em um trem que fazia o trajeto Roma-Florença. A ação provocou uma troca de tiros que matou o agente Emanuele Petri e o companheiro de Lioce, Mario Galesi.

O julgamento de Lioce, que começou em maio de 2004, foi considerado pela Promotoria como um processo contra as chamadas "Novas Brigadas Vermelhas".

A própria acusada reconheceu pertencer ao grupo ultra-esquerdista e reivindicou, em seu nome, os assassinatos dos assessores ministeriais Massimo D''Antona e Marco Biagi, ocorridos em maio de 1999 e março de 2002, respectivamente.

O assassinato de D''Antona marcou o ressurgimento das Brigadas Vermelhas, organização que, na década de 70 e 80, nos "anos de chumbo" da Itália, semeou violência na cena política do país.

A detenção, em outubro de 2003, de oito integrantes das Novas Brigadas Vermelhas levou o Ministério do Interior a considerar "desmantelado" o grupo terrorista.

O advogado da família do agente assassinado no trem, Walter Biscotti, elogiou a decisão tomada pelo Supremo e destacou que esta representa "uma página significativa da luta contra o terrorismo".





Fonte: EFE

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