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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 02 de Março de 2006 às 10:24

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A partir de 2007, a Casas Bahia planeja chegar a Estados onde ainda não está presente, como Mato Grosso e Espírito Santo, alcançando, possivelmente, o sul da Bahia. Com mais de 500 lojas pelo país, em especial nas regiões Sul e Sudeste, a rede estende seu alcance até Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O plano, além de ocupar as cidades que possuem mais de 50 mil habitantes nos sete Estados onde a rede já está presente, é ficar sua presença de forma muito mais forte no Centro-Oeste e entrar no Nordeste, a partir do sul da Bahia.

Desde que firmou uma parceria com o Bradesco, em dezembro de 2004, a Casas Bahia passou a ter mais recursos disponíveis para financiar a sua expansão. Antes, a empresa bancava todo o seu crediário com recursos próprios. No entanto, com o forte crescimento nos últimos cinco anos, período em que triplicou suas vendas, o capital da família Klein já não é mais suficiente para custear sozinho a expansão dos negócios, cuja escala a coloca hoje no mesmo patamar de gigantes do varejo como o Carrefour.

A carteira de crédito da varejista - que atingiu R$ 6 bilhões em 2005 - pode ser facilmente equiparada hoje a um banco de médio porte. O Banrisul, o banco do Estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, também fechou o ano com uma carteira de crédito da ordem de R$ 6 bilhões. Se comparado ao BIC Banco, que concedeu R$ 2,8 bilhões em empréstimos no ano passado, o volume financiado pela Casas Bahia foi três vezes maior, segundo levantamento da Austin Rating.

" Do nosso lucro, 100% vai para a expansão " , diz Michael Klein, diretor financeiro da varejista, cuja meta é abrir 100 lojas por ano. Em 2005, o faturamento cresceu 27,7%, para R$ 11,5 bilhões. O lucro, descontados os impostos, também subiu, de R$ 150 milhões para R$ 201 milhões. São valores declarados, já que a empresa não publica balanços auditados.

" A expectativa é que a nossa carteira de crédito, até o fim deste ano, cresça para R$ 7 bilhões " , diz Klein. O acordo com o Bradesco prevê que o banco financie os clientes da Casas Bahia em até R$ 3 bilhões. Esse limite pode chegar, no futuro, a R$ 4 bilhões. Em 2005, o banco respondeu por R$ 1,5 bilhão da carteira de crédito da varejista.

Em seu escritório, na parede em frente a sua mesa, Klein mostra um grande mapa do Brasil, todo pontilhado. Cada pino representa uma das 504 lojas da varejista, sendo que 263 delas concentram-se só no Estado de São Paulo. Existem ainda muitos mercados a serem ocupados, diz o executivo.

O governo do Estado do Mato Grosso do Sul doou à empresa uma área para a construção de um centro de distribuição em Campo Grande, a partir do qual a empresa poderá abrir lojas em um raio de cerca de 1 mil quilômetros. As obras, estimadas em R$ 5 milhões, devem estar prontas no início de 2007. Klein projeta abrir no Estado cerca de 20 lojas em 11 cidades. " Vamos colocar mais pontinhos no mapa. "

A Casas Bahia também está construindo um novo depósito de 140 mil metros quadrados em Duque de Caxias, no interior do Estado do Rio de Janeiro. De lá, a rede poderá chegar ao Espírito Santo e a cidades localizadas no sul na Bahia. No outro extremo do país, no Rio Grande do Sul, a varejista também está investindo em um novo centro de distribuição, que lhe dará estrutura logística mais robusta para competir na região.

Como as mercadorias são entregues pelas lojas de eletroeletrônicos e móveis na casa dos clientes, a companhia precisa ter depósitos em locais estratégicos para facilitar essa distribuição. Isso faz com as empresas prefiram primeiro ocupar um território completamente para então avançar sobre um novo mercado. " Temos que fazer a entrega em 48 horas " , diz Klein.

No Nordeste e no Centro-Oeste, o mercado é dominado por redes locais. Embora menores, elas podem oferecer resistência aos gigantes do Sudeste que querem morder uma fatia de suas vendas.





Fonte: 24HorasNews

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