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Britânico preso no Paquistão nega relação a atentados de Londres
Um muçulmano britânico que passou oito meses preso no Paquistão negou ter relações com os atentados terroristas de 7 de julho em Londres, nos quais morreram 56 pessoas, entre elas quatro suicidas, em declarações feitas hoje à "Rádio 4" da "BBC".
Zeeshan Siddiqui, de 25 anos, foi capturado em Peshawar em maio de 2005 pelas forças da ordem paquistanesas, que o associaram a um dos autores dos atentados, Shehzad Tanweer, e outros membros da organização Al Qaeda.
Siddiqui, que tinha viajado ao Paquistão em 2003 para estudar em uma escola religiosa e visitar parentes, voltou a dizer hoje que não conheceu Tanweer, autor do ataque contra a estação de metrô de Aldgate East.
"Definitivamente, não o conheci. Nunca o vi na vida, e jamais falei com ele", disse ele.
Siddiqui acusou o Governo paquistanês, que o liberou sem acusações em 12 de janeiro, de tê-lo usado para "alardear" avanços na luta antiterrorista.
"Quando ocorreram os atentados de 7 de julho, tentaram me relacionar aos autores para promover sua própria imagem, porque queriam dizer ao mundo: ''Caçamos o cérebro dos atentados de Londres", afirmou.
"Esta é a informação que apareceu em todos os jornais do país, e todo o mundo repetia isso, baseado em dados falsos divulgados pelos serviços secretos paquistaneses", acrescentou.
Em sua entrevista à BBC, Siddiqui lembrou que durante a prisão não foi acusado de terrorismo, mas de usar um documento de identidade falso - alegação que depois foi retirada.
As autoridades paquistanesas maltrataram e submeteram-no a torturas, denunciou o detido.
Siddiqui disse que foi drogado, recebeu injeções de substâncias químicas à força, foi alimentado por um tubo gastrointestinal e ficou amarrado a uma cama por cerca de 11 dias sem poder usar o vaso sanitário.
"Fizeram tantas coisas repugnantes, incluindo abusos sexuais, que não quero nem mencioná-las", disse.
Siddiqui assegurou que membros dos serviços secretos britânicos o interrogaram "em numerosas ocasiões" e, quando lhes contou que era submetido a tortura, prometeram ajudá-lo.
Desde seu retorno ao Reino Unido, o jovem não foi interrogado pelas autoridades britânicas.
Casualmente, Siddiqui freqüentou a escola com Asif Hanif, um britânico que se matou em um atentado suicida em Israel.
Hoje, ele ressaltou que de forma alguma poderia saber das intenções do ex-colega. "Como eu podia saber, seis anos antes, o que passava por sua cabeça e o que se propunha fazer? Quando deixamos o colégio, não voltei a vê-lo".
Zeeshan Siddiqui, de 25 anos, foi capturado em Peshawar em maio de 2005 pelas forças da ordem paquistanesas, que o associaram a um dos autores dos atentados, Shehzad Tanweer, e outros membros da organização Al Qaeda.
Siddiqui, que tinha viajado ao Paquistão em 2003 para estudar em uma escola religiosa e visitar parentes, voltou a dizer hoje que não conheceu Tanweer, autor do ataque contra a estação de metrô de Aldgate East.
"Definitivamente, não o conheci. Nunca o vi na vida, e jamais falei com ele", disse ele.
Siddiqui acusou o Governo paquistanês, que o liberou sem acusações em 12 de janeiro, de tê-lo usado para "alardear" avanços na luta antiterrorista.
"Quando ocorreram os atentados de 7 de julho, tentaram me relacionar aos autores para promover sua própria imagem, porque queriam dizer ao mundo: ''Caçamos o cérebro dos atentados de Londres", afirmou.
"Esta é a informação que apareceu em todos os jornais do país, e todo o mundo repetia isso, baseado em dados falsos divulgados pelos serviços secretos paquistaneses", acrescentou.
Em sua entrevista à BBC, Siddiqui lembrou que durante a prisão não foi acusado de terrorismo, mas de usar um documento de identidade falso - alegação que depois foi retirada.
As autoridades paquistanesas maltrataram e submeteram-no a torturas, denunciou o detido.
Siddiqui disse que foi drogado, recebeu injeções de substâncias químicas à força, foi alimentado por um tubo gastrointestinal e ficou amarrado a uma cama por cerca de 11 dias sem poder usar o vaso sanitário.
"Fizeram tantas coisas repugnantes, incluindo abusos sexuais, que não quero nem mencioná-las", disse.
Siddiqui assegurou que membros dos serviços secretos britânicos o interrogaram "em numerosas ocasiões" e, quando lhes contou que era submetido a tortura, prometeram ajudá-lo.
Desde seu retorno ao Reino Unido, o jovem não foi interrogado pelas autoridades britânicas.
Casualmente, Siddiqui freqüentou a escola com Asif Hanif, um britânico que se matou em um atentado suicida em Israel.
Hoje, ele ressaltou que de forma alguma poderia saber das intenções do ex-colega. "Como eu podia saber, seis anos antes, o que passava por sua cabeça e o que se propunha fazer? Quando deixamos o colégio, não voltei a vê-lo".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315769/visualizar/
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