Presos libertam reféns após negociar com autoridades na Jordânia

Os presos que mantinham como reféns vários funcionários do Ministério do Interior em uma prisão jordaniana libertaram as pessoas após uma série de negociações com as autoridades, disse um porta-voz oficial jordaniano.

Entre os libertados está o diretor de prisões do país, Saad Ajrani, que tinha sido tomado como refém junto com outros funcionários do ministério por um grupo de detentos da prisão de Yueda, cerca de 15 quilômetros ao sul de Amã.

"Não restam reféns na prisão de Yueda. A situação voltou agora ao normal sem que tenha sido necessário disparar um só tiro", disse o general-de-brigada Ali Jalidi, responsável do Departamento de Segurança Pública.

No entanto, o ministro do Interior, Eid Fayez, disse que um número não determinado de policiais e funcionários sofreram "fraturas e cortes" durante as treze horas de rebelião.

Além disso, o ministro disse na câmara baixa jordaniana que a rebelião da prisão de Yueda tinha se estendido a outros dois centros de detenção, mas não deu mais detalhes sobre a situação nestes presídios.

O general-de-Brigada Jalidi explicou à televisão pública jordaniana que as exigências dos presos se referiam às melhoras de suas condições de vida.

Outro responsável do Ministério do Interior, no entanto, disse que os presos exigiam reivindicações relacionadas com "questões legais e judiciais nas quais não podemos fazer nada".

O ministro do Interior disse que os amotinados pediam a libertação de Sajeda Al Rashawi, a mulher iraquiana detida após o triplo atentado do ano passado em Amã.

Al Rashawi reconheceu, após sua captura, que fazia parte do grupo terrorista que tinha cometido os atentados, mas que ela não tinha conseguido detonar seu cinto de explosivos.

Segundo fontes policiais, tudo começou ontem à noite quando dezenas de presos islamitas dessa prisão enfrentaram os guardas da prisão e tomaram pelo menos oito deles como reféns.

Depois também foram tomados como reféns sete representantes do Ministério do Interior, incluindo Ajrani, quando chegaram à prisão para negociar a libertação dos guardas.