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Internacional
Quarta - 01 de Março de 2006 às 10:30
Por: Nidal Al Mughrabi

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O comandante mais importante da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza foi morto na quarta-feira em uma explosão que destruiu o carro dele, afirmou o grupo militante palestino, que culpou o Exército de Israel pela morte.

Os militares israelenses negaram envolvimento no caso.

Na Cisjordânia ocupada, palestinos armados mataram um israelense do lado de fora de um assentamento judaico, disseram as Forças Armadas.

Testemunhas da morte de Abu Al Waleed Al Dahdouh, chefe do braço armado da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, disseram que o carro dele explodiu quando ele abriu uma das portas do veículo e que uma aeronave militar de Israel sobrevoava a área naquele momento.

"O Exército israelense não agiu na Faixa de Gaza", disse uma porta-voz dos militares. "Não fomos nós."

Descrevendo a morte de Dahdouh como um assassinato, Nabil Abu Rdainah, um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu que a comunidade internacional pressione o Estado judaico a regressar às negociações de paz.

As chances de retomada do processo diminuíram depois de o grupo militante Hamas, que defende a destruição de Israel, ter derrotado a facção Fatah, de Abbas, na eleição parlamentar de 25 de janeiro.

O Exército israelense reconheceu ter matado dezenas de militantes em ataques contra a Faixa de Gaza desde o começo do atual levante palestino, em 2000. Dezenas de homens armados também morreram quando explosivos que transportavam acabaram sendo detonados por acidente.

Gritando "vingança, vingança", centenas de militantes armados da Jihad Islâmica reuniram-se do lado de fora do Hospital Shifa, em Gaza, depois de ouvir a notícia de que o corpo de Dahdouh havia sido levado até ali.

"Trata-se de um assassinato realizado por Israel e que vitimou um de nossos líderes mais importantes", afirmou Khader Habib, líder da Jihad Islâmica.

Abu Adallah, um porta-voz do grupo, disse: "Nossos foguetes vão chover sobre os israelenses. O braço armado da Jihad Islâmica não ficará em silêncio e responderá com todo o seu poder para vingar a morte de seu líder."

Dahdouh foi morto horas depois de militantes na Faixa de Gaza terem disparado foguetes na direção da cidade costeira de Ashkelon, em Israel.

O primeiro-ministro interino do Estado judaico, Ehud Olmert, prometeu, durante a campanha para as eleições gerais de 28 de março, adotar medidas duras contra os grupos militantes responsáveis por tais ataques.

Na entrada do assentamento judaico de Migdalim, na Cisjordânia, dois palestinos armados mataram um israelense, afirmou uma porta-voz dos militares.

Ninguém assumiu a responsabilidade pela ação, ocorrida em um posto de gasolina de uma importante estrada.

(Com reportagem de Jonathan Saul, Megan Goldin e Tali Caspi em Jerusalém e Mohammed Assadi em Ramallah)





Fonte: Reuters

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