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Internacional
Quarta - 01 de Março de 2006 às 10:11

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A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, inicia hoje uma viagem política que incluirá Viena, Paris e Londres, onde apresentará a seus colegas europeus os planos de Israel para supervisionar as doações ao Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O objetivo de Livni é conseguir o apoio da Europa nas exigências ao Movimento de Resistência Islâmica Hamas, que formará o próximo Governo da ANP.

Entre os pedidos que a ministra apresentará a seus colegas europeus, está a de impedir que suas doações ao povo palestino sejam usadas pelos fundamentalistas islâmicos, que não reconhecem Israel.

Segundo informou esta manhã a rádio pública israelense, Livni disse pouco antes de partir que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, está se tornando irrelevante devido a seus fracassos como governante.

A viagem para a Europa tem como primeiro destino a Áustria, país que ocupa a Presidência rotativa da União Européia (UE). Lá, ela se reunirá com o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, e com a ministra de Assuntos Exteriores, Ursula Plassnik.

Em seguida Livni viajará a Paris, onde chegará hoje à noite para se encontrar com seu colega francês, Philippe Douste-Blazy.

Na capital francesa ela também visitará a família de Ilan Halimi, o judeu francês que foi seqüestrado e brutalmente assassinado em 13 de fevereiro em um ataque anti-semita que comoveu a sociedade deste país.

A chefe da diplomacia israelense também participará de uma reunião de dirigentes do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF).

Amanhã, Livni viaja para Londres, onde se reunirá com o ministro de Assuntos Exteriores Jack Straw.

Nas três capitais européias Livni apresentará a posição de Israel sobre as transferências econômicas ao Governo palestino, que por decisão do presidente Abbas será formado pelo dirigente do Hamas Ismail Haniyeh.

"Uma das questões que ele tratará com seus colegas europeus é a de como conseguir que a comunidade internacional não financie um Governo liderado pelo Hamas e, ao mesmo tempo, apóie as necessidades humanitárias dos palestinos através de ajudas através de organizações não-governamentais", disse o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Mark Reguev.

O funcionário israelense disse que também está na agenda a preocupação de Israel e da comunidade internacional sobre os planos nucleares do Irã, assim como a visita de uma delegação de membros do Hamas à Rússia na próxima sexta-feira.

"O que Livni destacará neste sentido é que os membros do Quarteto para o Oriente Médio (formado por Estados Unidos, UE, ONU e Rússia), devem continuar firmes nos três pontos expostos pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan: que o Hamas deve reconhecer Israel, renunciar ao terrorismo e aceitar os acordos assinados no passado em virtude do processo de paz", acrescentou Reguev.

Israel teme que o convite feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, aos dirigentes do Hamas seja um sintoma de divisão do consenso internacional proposto pelo Quarteto.

O Hamas venceu nas eleições legislativas de 25 de janeiro na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, e seus deputados ocuparão 74 das 132 cadeiras do Parlamento da palestino.

Israel, os EUA - seu principal aliado - e a UE consideram o Hamas uma "organização terrorista", insistem que o movimento desarme as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam, reconheça a legitimidade do Estado judeu, e respeite os acordos para a paz assinados pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para manter a ajuda ao Governo da ANP.





Fonte: EFE

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