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Internacional
Quarta - 01 de Março de 2006 às 07:11

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O primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim Jaafari, afirmou que não vai deixar que a violência sectária prejudique os trabalhos no novo governo, depois de uma semana em que mais de 400 pessoas morreram devido a ataques.

Ataques em Bagdá, incluindo uma bomba em uma mesquita xiita, deixaram pelo menos 60 mortos nesta terça-feira.

O presidente americano, George W. Bush, denunciou a recente onda de violência, dizendo que os iraquianos têm que escolher entre "o caos e a unidade".

Depois da pior semana de violência sectária desde o início da invasão liderada pelos Estados Unidos, três bombas explodiram sucessivamente, matando 32 pessoas.

Depois do anoitecer, um carro-bomba matou pelo menos 23 pessoas perto de uma mesquita xiita e de um mercado.

Durante uma visita à Turquia, o primeiro-ministro interino, afirmou que a violência não deve nunca "afetar de forma adversa os esforços para estabelecer um governo e assegurar que o processo político seja bem sucedido".

Críticas

A viagem de Jaafari foi critica pelo presidente iraquiano, Jalal Talabani.

Como primeiro-ministro interino, Jaafari "não tinha direito de iniciar negociações ou discussões com outros países", disse Talabani.

O presidente é curdo, do norte do Iraque, o primeiro-ministro interino é líder do bloco xiita, que domina o Parlamento.

Talabani sugeriu que a visita à Turquia não correspondente à afirmação de Jaafari, de que está comprometido com o "trabalho em equipe".

Perigo

Um militar do serviço de inteligência americano disse que a situação no Iraque "é muito tênue", mas ainda não significa guerra civil: "Eu acredito que as condições para tal estão presentes, mas não estamos envolvidos em uma guerra civil neste momento," disse o General Michael Maples a uma comissão do Senado.

Em um gesto incomum, o primeiro-ministro iraquiano divulgou um comunicado afirmando que o total de mortes nos seis dias de violência foi de 379 "mártires". Outras 458 pessoas teriam ficado feridos.

A divulgação dos números pelo governo parece ser uma resposta direta aos números divulgados pelo jornal americano Washington Post, de 1,3 mil mortos.

"O que foi informado em um jornal estrangeiros foi um número exagerado de vítimas", afirmou um comunicado divulgado pelo gabinete de governo iraquiano.

Em outros desdobramentos, corpos de nove iraquianos, incluindo um líder sunita, foram encontrados com buracos de balas em Tafaya, ao sul da cidade de Baquba; dois soldados britânicos foram mortos e outro ficou ferido na explosão de um bomba em Amara, no sul do país; um soldado americano foi morto em troca de tiros no oeste de Bagdá.





Fonte: BBC Brasil

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