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S&P eleva rating do Brasil, com perspectiva estável
A agência de clasificação de risco Standard & Poor''s elevou nesta terça-feira ratings do Brasil, mencionando a campanha do governo para tornar a dívida do país menos vulnerável às flutuaçõs no câmbio e na taxa de juros.
A S&P elevou a classificação da dívida de longo prazo em moeda estrangeira para "BB" de "BB-", duas notas abaixo do grau de investimento. O rating de longo prazo em moeda local foi revisado para "BB+" de "BB". A perspectiva estável decepcionou alguns analistas.
"Acho que o mercado já tinha precificado um upgrade mais rápido do que o esperado dada a agressividade na administração da dívida", disse Siobhan Morden, estrategista de América Latina do ABN AMRO em Nova York.
"Se eles tivessem elevado o Brasil e a perspectiva fosse positiva, teriam aumentado as expectativas", acrescentou ela, observando que a perspectiva estável reduz o "vigor do upgrade" para o Brasil.
Apesar da perspectiva estável, o analista do JP Morgan Drausio Giacomelli disse que o Brasil deve receber upgrade novamente este ano pela S&P e por outras agências de classificação de risco.
"Esperamos que a Moody''s siga com um upgrade em breve. Acreditamos que uma vez que a incerteza com as eleições seja reduzida mais para frente no ano, o Brasil possa encerrar 2006 em ''BB'' com perspectiva positiva pela Moody''s e pela S&P", escreveu Giacomelli em relatório.
O Brasil é classificado atualmente com "Ba3" pela Moody''s e com "BB-" pela Fitch Ratings. Ambas estão três notas abaixo do grau de investimento.
DÍVIDA MENOS VULNERÁVEL
Em comunicado, a S&P disse que "perspectivas de uma queda significativa da vulnerabilidade da dívida em relação às flutuações do câmbio e da taxa de juro" levaram à melhora da classificação.
A agência elogiou a eliminação de toda a dívida do país atrelada ao dólar emitida localmente, a redução da porcentagem de dívida atrelada à taxa de juros e os esforços do país para facilitar o investimento estrangeiro no mercado de títulos do governo.
A S&P mencionou também o pagamento antecipado da dívida externa e a acumulação acima do esperado de reservas internacionais, dizendo ainda que o país está mais estável politicamente antes das eleições presidenciais de outubro.
"A transição política de 2002-2003 realça o progresso da continuidade política na linha dos partidos no Brasil. E apesar da crise política de 2005, a política fiscal foi mantida sob controle", afirmou.
A S&P também elevou o rating da dívida em escala nacional para "brAA+" de "brAA."
(Com reportagem adicional de Manuela Badawy)
A S&P elevou a classificação da dívida de longo prazo em moeda estrangeira para "BB" de "BB-", duas notas abaixo do grau de investimento. O rating de longo prazo em moeda local foi revisado para "BB+" de "BB". A perspectiva estável decepcionou alguns analistas.
"Acho que o mercado já tinha precificado um upgrade mais rápido do que o esperado dada a agressividade na administração da dívida", disse Siobhan Morden, estrategista de América Latina do ABN AMRO em Nova York.
"Se eles tivessem elevado o Brasil e a perspectiva fosse positiva, teriam aumentado as expectativas", acrescentou ela, observando que a perspectiva estável reduz o "vigor do upgrade" para o Brasil.
Apesar da perspectiva estável, o analista do JP Morgan Drausio Giacomelli disse que o Brasil deve receber upgrade novamente este ano pela S&P e por outras agências de classificação de risco.
"Esperamos que a Moody''s siga com um upgrade em breve. Acreditamos que uma vez que a incerteza com as eleições seja reduzida mais para frente no ano, o Brasil possa encerrar 2006 em ''BB'' com perspectiva positiva pela Moody''s e pela S&P", escreveu Giacomelli em relatório.
O Brasil é classificado atualmente com "Ba3" pela Moody''s e com "BB-" pela Fitch Ratings. Ambas estão três notas abaixo do grau de investimento.
DÍVIDA MENOS VULNERÁVEL
Em comunicado, a S&P disse que "perspectivas de uma queda significativa da vulnerabilidade da dívida em relação às flutuações do câmbio e da taxa de juro" levaram à melhora da classificação.
A agência elogiou a eliminação de toda a dívida do país atrelada ao dólar emitida localmente, a redução da porcentagem de dívida atrelada à taxa de juros e os esforços do país para facilitar o investimento estrangeiro no mercado de títulos do governo.
A S&P mencionou também o pagamento antecipado da dívida externa e a acumulação acima do esperado de reservas internacionais, dizendo ainda que o país está mais estável politicamente antes das eleições presidenciais de outubro.
"A transição política de 2002-2003 realça o progresso da continuidade política na linha dos partidos no Brasil. E apesar da crise política de 2005, a política fiscal foi mantida sob controle", afirmou.
A S&P também elevou o rating da dívida em escala nacional para "brAA+" de "brAA."
(Com reportagem adicional de Manuela Badawy)
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/315950/visualizar/
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