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Internacional
Terça - 28 de Fevereiro de 2006 às 18:55

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Ante a Comissão das Forças Armadas do Senado, o chefe do serviço de inteligência dos Estados Unidos, John Negroponte, acusou nesta terça-feira o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de gastar centenas de milhões de dólares numa política externa "extravagante", em vez de lutar contra a pobreza em seu país. Ele destacou que esses gastos se fazem "em detrimento dos venezuelanos, porque há um grande problema de pobreza" no país.

Menos de um mês depois de tê-lo acusado de querer estreitar laços com Irã e Coréia do Norte, o chefe da inteligência americana se declarou convencido de que o presidente venezuelano gasta somas "consideráveis" para "envolver-se ele mesmo na vida política e econômica de outros países da América Latina e de outros locais".

Negroponte, que foi embaixador dos Estados Unidos em Honduras no começo dos anos 80, assegurou que "os venezuelanos vão notar sem dúvida esse fato", alertando, também, para os perigos caso o presidente do país caribenho volte a ganhar as eleições do próximo mês de dezembro.

"O presidente Chávez, se conseguir sair vitorioso no final do ano, parece pronto a dar prosseguimento a seu controle do Legislativo e de outras instituições para continuar sufocando a oposição e reduzir a liberdade de imprensa", afirmou.

Além de denunciar a vontade do presidente venezuelano de se meter em assuntos internos dos países vizinhos, Negroponte voltou a acusá-lo de querer fortalecer suas relações com o regime cubano de Fidel Castro, e com os dois países que fazem parte do "eixo do mal" definido por George W. Bush há quatro anos (Irã e Coréia do Norte).

Ao mesmo tempo, ele precisou que o serviço de inteligência observava de "muito perto as disputas eleitorais no Peru e na Nicarágua", que se celebrarão em abril e novembro, respectivamente. Nelas competem precisamente à presidência dois candidatos relacionados com Chávez: o nacionalista peruano Ollanta Humala e o ex-presidente sandinista Daniel Ortega.





Fonte: AFP

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