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Confrontos entre xiitas e sunitas após queda de Saddam Hussein
Após a invasão do Iraque e a queda do regime de Saddam Hussein, as relações entre xiitas e sunitas se caracterizaram pelas permanentes tensões entre as comunidades.
A majoritária comunidade xiita, determinada a afirmar seu peso político após anos de opressão sob o regime sunita de Saddam, conseguiu integrar as principais instituições do país e se mostra flexível em relação à presença das tropas estrangeiras no país, argumentando que uma saída precipitada pode causar o caos no Iraque.
Receosa do poder xiita, a comunidade sunita acusa as Forças de Segurança iraquianas de atos de repressão contra seus correligionários e exige uma data para a retirada das forças estrangeiras.
Outro ponto de atrito é a concepção de Estado.
Os sunitas temem que, se o projeto federal defendido por xiitas e curdos vencer, seus territórios, situados no centro do país e com poucos recursos, se verão empobrecidos diante das ricas regiões do sul e do norte, habitadas majoritariamente por xiitas e curdos, respectivamente.
Esses são alguns dos acontecimentos que motivaram os conflitos entre as comunidades até então: 2003 Agosto.- A tensão entre as duas comunidades obriga o recém criado Conselho de Governo a suprimir o Ministério de Assuntos Religiosos e optar por vários departamentos, atendendo às diferentes crenças.
29 de agosto - O aiatolá Al-Hakim, líder máximo xiita, é assassinado em Najaf, junto a outras 80 pessoas, atentado que os líderes xiitas atribuíram aos extremistas sunitas.
2004 Janeiro - O grande aiatolá Ali Sistani, máxima autoridade xiita, exige a realização de eleições gerais, enquanto que o Conselho de Ulemás, principal instituição religiosa sunita, rejeita sua realização enquanto continue a ocupação.
2 de março - Pelo menos 171 mortos em Karbala e em Bagdá, coincidindo com o dia da Ashura xiita, a festa mais importante desta comunidade.
19 de setembro - O xeque Hasem Al Saidi, principal coordenador do Comitê de Ulemás do Iraque, é assassinado em Bagdá.
24 de novembro - Partidos políticos sunitas pedem um adiamento de seis meses das primeiras eleições democráticas no Iraque, previstas para 30 de janeiro de 2005.
27 de novembro - O Governo interino e a comunidade xiita rejeitam o pedido de prorrogação das eleições, decisão que resultou no boicote ao pleito pelas autoridades sunitas.
19 de dezembro - Dois atentados suicidas com carros-bomba próximos a dois santuários xiitas de Najaf e Karbalamatam matam 62 pessoas.
Dezembro.- Líderes xiitas fazem uma chamada às urnas, enquanto cerca de 70 grupos e entidades políticas sunitas convocam o boicote eleitoral, o que, por sua vez, aumenta a violência no Iraque.
2005 30 de janeiro - Desafiando as ameaças terroristas e o boicote sunita, os iraquianos elegem seus representantes na Assembléia Nacional, e a xiita Aliança Iraquiana Unida obtém maioria absoluta.
20 de maio - A comunidade sunita fecha suas mesquitas três dias, em protesto pelo que consideraram uma campanha de repressão lançada pela Polícia iraquiana contra clérigos sunitas.
Junho - Assassinatos seletivos entre as duas comunidades aumentam o fantasma da guerra civil no Iraque.
28 de agosto - Após meses de desencontros, curdos e xiitas apresentam ao Parlamento a minuta da nova Constituição, não reconhecida pela comunidade sunita.
15 de outubro - Cerca de 78% dos iraquianos aprovam a nova Constituição, rejeitada nas províncias com forte presença sunita, cujos líderes prevêem uma nova onda de violência.
15 de dezembro - A coalizão de partidos religiosos xiitas vence nas eleições, qualificadas de fraudulentas pelos partidos sunitas, que alcançaram o terceiro lugar entre as forças políticas.
2006 22 de fevereiro - Uma explosão destrói a cúpula dourada de um dos importantes santuários xiitas em Samarra, provocando uma onda de violência sectária entre xiitas e sunitas que durou vários dias. São suspensas as negociações para a formação do novo Governo que comandará o país durante os próximos quatro anos.
Receosa do poder xiita, a comunidade sunita acusa as Forças de Segurança iraquianas de atos de repressão contra seus correligionários e exige uma data para a retirada das forças estrangeiras.
Outro ponto de atrito é a concepção de Estado.
Os sunitas temem que, se o projeto federal defendido por xiitas e curdos vencer, seus territórios, situados no centro do país e com poucos recursos, se verão empobrecidos diante das ricas regiões do sul e do norte, habitadas majoritariamente por xiitas e curdos, respectivamente.
Esses são alguns dos acontecimentos que motivaram os conflitos entre as comunidades até então: 2003 Agosto.- A tensão entre as duas comunidades obriga o recém criado Conselho de Governo a suprimir o Ministério de Assuntos Religiosos e optar por vários departamentos, atendendo às diferentes crenças.
29 de agosto - O aiatolá Al-Hakim, líder máximo xiita, é assassinado em Najaf, junto a outras 80 pessoas, atentado que os líderes xiitas atribuíram aos extremistas sunitas.
2004 Janeiro - O grande aiatolá Ali Sistani, máxima autoridade xiita, exige a realização de eleições gerais, enquanto que o Conselho de Ulemás, principal instituição religiosa sunita, rejeita sua realização enquanto continue a ocupação.
2 de março - Pelo menos 171 mortos em Karbala e em Bagdá, coincidindo com o dia da Ashura xiita, a festa mais importante desta comunidade.
19 de setembro - O xeque Hasem Al Saidi, principal coordenador do Comitê de Ulemás do Iraque, é assassinado em Bagdá.
24 de novembro - Partidos políticos sunitas pedem um adiamento de seis meses das primeiras eleições democráticas no Iraque, previstas para 30 de janeiro de 2005.
27 de novembro - O Governo interino e a comunidade xiita rejeitam o pedido de prorrogação das eleições, decisão que resultou no boicote ao pleito pelas autoridades sunitas.
19 de dezembro - Dois atentados suicidas com carros-bomba próximos a dois santuários xiitas de Najaf e Karbalamatam matam 62 pessoas.
Dezembro.- Líderes xiitas fazem uma chamada às urnas, enquanto cerca de 70 grupos e entidades políticas sunitas convocam o boicote eleitoral, o que, por sua vez, aumenta a violência no Iraque.
2005 30 de janeiro - Desafiando as ameaças terroristas e o boicote sunita, os iraquianos elegem seus representantes na Assembléia Nacional, e a xiita Aliança Iraquiana Unida obtém maioria absoluta.
20 de maio - A comunidade sunita fecha suas mesquitas três dias, em protesto pelo que consideraram uma campanha de repressão lançada pela Polícia iraquiana contra clérigos sunitas.
Junho - Assassinatos seletivos entre as duas comunidades aumentam o fantasma da guerra civil no Iraque.
28 de agosto - Após meses de desencontros, curdos e xiitas apresentam ao Parlamento a minuta da nova Constituição, não reconhecida pela comunidade sunita.
15 de outubro - Cerca de 78% dos iraquianos aprovam a nova Constituição, rejeitada nas províncias com forte presença sunita, cujos líderes prevêem uma nova onda de violência.
15 de dezembro - A coalizão de partidos religiosos xiitas vence nas eleições, qualificadas de fraudulentas pelos partidos sunitas, que alcançaram o terceiro lugar entre as forças políticas.
2006 22 de fevereiro - Uma explosão destrói a cúpula dourada de um dos importantes santuários xiitas em Samarra, provocando uma onda de violência sectária entre xiitas e sunitas que durou vários dias. São suspensas as negociações para a formação do novo Governo que comandará o país durante os próximos quatro anos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/316073/visualizar/
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