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Agronegócios
Terça - 28 de Fevereiro de 2006 às 07:12

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O francês Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), criticou o governo de seu país pela posição "extremamente defensiva" nas negociações do comércio agrícola mundial. A declaração foi publicada hoje pelo jornal Le Monde.

Lamy, que tem tentado levar os 149 países-membro da OMC a um acordo final ainda este ano, disse ser preciso comprometimento de todos os lados para que tal objetivo seja alcançado.

"A Europa precisa fazer progresso na questão das tarifas agrícolas, os Estados Unidos precisam reduzir os subsídios internos para a agricultura e o G20 (grupo dos países em desenvolvimento) precisam chegar a um acordo sobre as tarifas de importação de produtos industriais e serviços", afirmou.

Até agora a União Européia (UE) recusa-se a fazer mais concessões nas tarifas agrícolas até que todos os países mais pobres concordem em abrir seus mercados de produtos e serviços. No ano passado a França ameaçou vetar qualquer acordo final se a UE fizer mais concessões.

Lamy comentou que, em termos agrícolas, a França tem superávit comercial com os Estados Unidos. "Não entendo porque o país toma esta posição ultra-defensiva". Para ele, seria interessante que os produtores franceses tomassem uma posição ofensiva no mercado europeu, oferecendo produtos de maior qualidade e valor agregado.

O comissário de Comércio da UE Peter Mandelson encontrou-se com o chefe da Representação Comercial dos Estados Unidos Robert Portman no início desta semana, mas ambos falharam em fazer qualquer progresso após dois dias de negociações. As informações são da Dow Jones.





Fonte: Agência Estado

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