Carnaval entra do 3° dia com violência; cinco homicídios, dois em Leverger

Depois de um início de Carnaval até certo ponto tranqüilo de sexta-feira para sábado - em se tratando de crime contra a vida -, as festas da folia de Momo esquentaram no sábado para domingo e entrou no terceiro dia com muito derramentod e sangue e violência.

Foram cinco assassinatos e algumas tentativas de homicídio na Grande Cuiabá e na Baixada Cuiabana. Duas pessoas foram assassinadas a tiros na cidade de Santo Antonio de Leverger (Baixada, a 25 km da Capital).

Em outra ocorrência na mesma cidade, quatro pessoas saíram feridas quando um menor começou a atirar, sem mais nem menos contra elas. O crime aconteceu por volta das 3 horas da madrugada de hoje. O adolescente D.S., de 16 anos, se envolveu em uma briga.

O garoto sacou uma arma e disparou vários tiros. Quatro pessoas foram atingidas, uma delas não resistiu aos graves ferimentos e morreu o Pronto-Socorro. Trata-se de Adilson Eduardo de Jesus.

Os tiros disparados pelo adolescente também atingiram Elvis Gonçalves Barcelo, Augusto César Ramos e um rapaz ainda não identificado, que levou um tiro a altura do pé e não corre risco de morte. O menor foi preso em autuado em flagrante por crime de homicídio e tripla tentativa de assassinato.

Ainda na cidade de Santo Antonio de Leverger, onde acontece um dos mais fortes e animados carnavais de Mato Grosso, uma segunda pessoa também foi assassinada a tiros. Francisco Gimenez da Silva morreu logo em seguida aos tiros, cujo autor fugiu e ainda não foi identificado pela Polícia.

Em Leverger, todos os anos, a cidade pacata de pouco mais de cinco mil habitantes recebe, em média, um público diário de 50 a 80 mil pessoas entre turistas de outros estados e de Mato Grosso. Brigas são comuns, mas a violência nunca esteve tão em alta como em 2006.

A falta de segurança, segundo reclamações dos próprios moradores e dos brincantes do carnaval de Leverger sempre foi constante. Uma moradora tanto reclama, quanto lavemta a violência, principalmente com mortos e feridos.

“Nunca vi a minha cidade tão violenta durante o carnaval. Sempre tivemos carnais memoráveis. A cidade lotada, entupida de gente. Brigas são coisas comuns, fazem parte da folia, agora com mortes e feridos não. Precisamos de segurança, e urgente”, lamentou uma moradora que pediu para não ser identificado.