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Ataques aumentam risco de guerra civil entre xiitas e sunitas
O assassinato de 11 membros de uma família xiita hoje e o atentado com carro-bomba que matou pelo menos oito pessoas em Karbala, entre outros diversos ataques, aumentam o risco de uma guerra civil entre sunitas e xiitas no Iraque.
O ministro da Defesa do Iraque, Sadun al-Duleimi, confirmou hoje a morte de 119 pessoas na onda de violência sectária, e anunciou a prorrogação do toque de recolher em quatro províncias até a próxima segunda-feira.
Em entrevista coletiva em Bagdá, Duleimi também anunciou que 61 mesquitas sunitas foram atacadas em ações de represália promovidas pelos xiitas após o atentado de quarta-feira passada contra um santuário em Samarra, ao norte da capital.
A onda de violência sectária continua viva e inquietante, apesar das medidas de segurança aplicadas para controlar a situação em várias províncias do país, inclusive em Bagdá, onde hoje foram achados os corpos de mais 25 pessoas mortas a tiros.
Pelo menos 14 das vítimas pertenciam a efetivos das forças "Al Maghauir", um corpo de elite do Ministério do Interior, encarregado nos últimos dias da proteção de santuários e mesquitas sunitas e xiitas.
"Os 14 corpos foram achados em frente a uma mesquita sunita no oeste de Bagdá e próximo a eles havia dois veículos da Polícia totalmente queimados", disse à EFE o capitão de Polícia Salam Khatab. Ele acrescentou que a Polícia encontrou outros 11 corpos sem identificação em diferentes áreas da capital.
O aparecimento destes corpos, que eleva a mais de 200 as vítimas fatais da violência sectária dos últimos três dias, coincidiu com outras ações sangrentas, como a que ocorreu em Baquba e custou a vida de 13 xiitas.
Nessa cidade, 60 quilômetros ao norte de Bagdá e considerada um centro da insurgência sunita, um grupo de pistoleiros invadiu a casa de Khadem al-Angari. Ele e mais dez membros de sua família foram assassinados.
Segundo fontes do Escritório de Coordenação iraquiano-americana, outros dois cadáveres foram achados também com marcas de tiros em Baquba.
As ruas de Karbala, cidade sagrada para os xiitas, também se tingiram hoje de sangue depois da explosão de um carro-bomba num mercado, causando a morte de oito pessoas e provocando ferimentos em outras 25, segundo fontes policiais.
"Um terrorista estacionou o carro em uma estrada da cidade e pouco depois o veículo explodiu", disseram as fontes, que acrescentaram que as forças de segurança detiveram o suposto responsável pelo ataque para interrogatório.
Em Bagdá, três integrantes das forças de segurança morreram na explosão de uma bomba durante os atos fúnebres da jornalista Atuar Bahgat, da televisão "Al Arabiya", assassinada quarta-feira com dois companheiros em Samarra, ao norte de Bagdá.
Fontes do Ministério do Interior explicaram que um grupo armado disparou contra o cortejo fúnebre composto por 15 veículos, em uma área do oeste da capital, e mataram um policial.
Após o enterro da jornalista e enquanto os participantes saíam do cemitério de Al Karj, uma bomba explodiu, causando a morte de dois policiais e ferindo outros cinco.
A violência desencadeada nos últimos dias atingiu hoje o líder da Comissão de Ulemás Muçulmanos (CUM), o xeque Harith al-Dhari, cuja casa foi alvo de um ataque de um grupo de homens armados, ação que ele mesmo atribuiu às forças do Governo interino iraquiano.
Em declarações ao canal de televisão "Al Arabiya", Al-Dhari acusou forças do Governo e grupos xiitas de estarem por trás do ataque, e tentarem provocar um conflito religioso no país.
"Quem está por trás são forças do Governo. O que está acontecendo é uma guerra civil declarada de uma parte (da sociedade) contra a outra", afirmou Al-Dhari.
O ministro da Defesa do Iraque, Sadun al-Duleimi, confirmou hoje a morte de 119 pessoas na onda de violência sectária, e anunciou a prorrogação do toque de recolher em quatro províncias até a próxima segunda-feira.
Em entrevista coletiva em Bagdá, Duleimi também anunciou que 61 mesquitas sunitas foram atacadas em ações de represália promovidas pelos xiitas após o atentado de quarta-feira passada contra um santuário em Samarra, ao norte da capital.
A onda de violência sectária continua viva e inquietante, apesar das medidas de segurança aplicadas para controlar a situação em várias províncias do país, inclusive em Bagdá, onde hoje foram achados os corpos de mais 25 pessoas mortas a tiros.
Pelo menos 14 das vítimas pertenciam a efetivos das forças "Al Maghauir", um corpo de elite do Ministério do Interior, encarregado nos últimos dias da proteção de santuários e mesquitas sunitas e xiitas.
"Os 14 corpos foram achados em frente a uma mesquita sunita no oeste de Bagdá e próximo a eles havia dois veículos da Polícia totalmente queimados", disse à EFE o capitão de Polícia Salam Khatab. Ele acrescentou que a Polícia encontrou outros 11 corpos sem identificação em diferentes áreas da capital.
O aparecimento destes corpos, que eleva a mais de 200 as vítimas fatais da violência sectária dos últimos três dias, coincidiu com outras ações sangrentas, como a que ocorreu em Baquba e custou a vida de 13 xiitas.
Nessa cidade, 60 quilômetros ao norte de Bagdá e considerada um centro da insurgência sunita, um grupo de pistoleiros invadiu a casa de Khadem al-Angari. Ele e mais dez membros de sua família foram assassinados.
Segundo fontes do Escritório de Coordenação iraquiano-americana, outros dois cadáveres foram achados também com marcas de tiros em Baquba.
As ruas de Karbala, cidade sagrada para os xiitas, também se tingiram hoje de sangue depois da explosão de um carro-bomba num mercado, causando a morte de oito pessoas e provocando ferimentos em outras 25, segundo fontes policiais.
"Um terrorista estacionou o carro em uma estrada da cidade e pouco depois o veículo explodiu", disseram as fontes, que acrescentaram que as forças de segurança detiveram o suposto responsável pelo ataque para interrogatório.
Em Bagdá, três integrantes das forças de segurança morreram na explosão de uma bomba durante os atos fúnebres da jornalista Atuar Bahgat, da televisão "Al Arabiya", assassinada quarta-feira com dois companheiros em Samarra, ao norte de Bagdá.
Fontes do Ministério do Interior explicaram que um grupo armado disparou contra o cortejo fúnebre composto por 15 veículos, em uma área do oeste da capital, e mataram um policial.
Após o enterro da jornalista e enquanto os participantes saíam do cemitério de Al Karj, uma bomba explodiu, causando a morte de dois policiais e ferindo outros cinco.
A violência desencadeada nos últimos dias atingiu hoje o líder da Comissão de Ulemás Muçulmanos (CUM), o xeque Harith al-Dhari, cuja casa foi alvo de um ataque de um grupo de homens armados, ação que ele mesmo atribuiu às forças do Governo interino iraquiano.
Em declarações ao canal de televisão "Al Arabiya", Al-Dhari acusou forças do Governo e grupos xiitas de estarem por trás do ataque, e tentarem provocar um conflito religioso no país.
"Quem está por trás são forças do Governo. O que está acontecendo é uma guerra civil declarada de uma parte (da sociedade) contra a outra", afirmou Al-Dhari.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/316684/visualizar/
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