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Internacional
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 09:52

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O Governo iraniano retomou hoje em Teerã as negociações com a Rússia sobre a proposta de Moscou de enriquecer urânio para o Irã em território russo.

Segundo uma TV iraniana, o diretor do organismo russo de energia atômica, Serguei Kirienko, em visita ao Irã, reuniu-se com seu homólogo iraniano, Gholamreza Aghazadeh, para tratar da "colaboração nuclear entre ambos os países".

"O assunto mais importante da reunião foi o repasse da situação atual da central nuclear de Bushehr (no sul do país)", afirmou Aghazadeh, citado pela TV iraniana.

Aghazadeh disse que amanhã visitará essa usina nuclear acompanhado por Kirienko a fim de "decidir a data final para a implementação da central" de Bushehr.

"Além disso, negociamos nossas futuras colaborações e a disposição da Rússia para desenvolver as atividades nucleares pacíficas do Irã", acrescentou o iraniano, sem referir-se ao resultado de suas consultas com Kirienko em relação à iniciativa russa.

Representantes iranianos e russos concluíram na terça-feira passada suas consultas em Moscou sem chegar a nenhum acordo, embora tenham decidido manter as negociações sobre a oferta russa, que conta com o beneplácito da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e da troika européia (Reino Unido, França e Alemanha).

Esta iniciativa é considerada a última oportunidade para resolver a crise nuclear iraniana na AIEA e evitar a possível imposição de sanções ao regime de Teerã por parte do Conselho de Segurança da ONU.

O Kremlin espera alcançar um acordo com Teerã antes que o diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, apresente no próximo dia 6 ao Conselho de Governadores deste organismo o relatório destinado à ONU.

O subdiretor da AIEA, Olli Heinonen, deve visitar o Irã hoje para tratar do programa nuclear local, segundo a agência de notícias iraniana "Fars".

As autoridades iranianas insistiram em várias ocasiões que suas atividades nucleares não têm fins militares, como alegam países como os Estados Unidos, e afirmaram que só reiniciaram as pesquisas sobre o enriquecimento de urânio para gerar eletricidade.





Fonte: EFE

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