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Internacional
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 09:46

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O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, já conseguiu os votos necessários para continuar no poder, que monopoliza desde 1986, segundo os últimos dados da apuração da eleição de quinta-feira, anunciados hoje.

O último relatório parcial das eleições, com 91% dos votos apurados, concede a Museveni 60,80% dos votos, o suficiente para ser proclamado vitorioso no primeiro turno.

O líder da oposição, Kizza Besigye, da Frente pela Mudança Democrática (FDC), só recebeu 35,96% dos votos.

Os 3% restantes foram divididos entre outros três candidatos.

O sexto relatório parcial foi divulgado às 13h (7h de Brasília).

As autoridades eleitorais ugandenses prometeram anunciar o resultado antes do prazo fixado pela lei, às 17h (11h de Brasília).

A proclamação formal do vencedor está programada para uma hora depois, mas é possível que seja antecipada, informaram porta-vozes da Comissão Eleitoral.

Foi a primeira vez em 25 anos que a eleição em Uganda obedeceu ao sistema multipartidário. Antes havia um sistema de partido único e o poder estava concentrado em Museveni e em seu grupo político, o Movimento Nacional Revolucionário (NRM).

O FDC foi formado há um ano e aglutinou as forças de oposição que existiam em Uganda, proibidas de disputar eleições até então. Além disso, Besigye teve que alternar sua campanha eleitoral com processos a que respondia na Justiça civil e militar por causas que, segundo os seus partidários, tinham motivações políticas.

O líder da oposição, de 49 anos, que chegou a Uganda em 26 de outubro de 2005, após quatro anos de exílio, foi preso em 14 de novembro e posto em liberdade após pagar uma fiança, dia 2 de janeiro.

Museveni, de 61 anos, tinha prometido em 2001 que iniciava o seu último mandato presidencial. Mas no ano passado forçou uma reforma constitucional que, além de permitir a participação eleitoral de outros partidos, anulou o limite de dois mandatos para o cargo.

Embora teha chegado ao poder em 1986, as primeiras eleições presidenciais diretas ocorreram em 1996, no sistema de partido único. Só podiam candidatar-se à Presidência e ao Parlamento os representantes do NRM e os independentes.





Fonte: EFE

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